dsc0984327/08/13 - De segunda a quinta-feira da semana passada a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) ofereceu o curso “Papel da Integração Sensorial no desenvolvimento humano e sua utilização na intervenção terapêutica” a profissionais dos Centros de Atendimento Especializados da instituição. O evento foi organizado pela Gerência de Capacitação, Articulação e Extensão (Gecae) e coordenado pelo Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi (Cener). [Versão em LIBRAS]

Ministrado pela terapeuta ocupacional Marta Rosa Gonçalves Pereira, formada em Integração Sensorial na cidade de Cincinnati (Ohio, Estados Unidos), o curso teve um total de 24 horas aula. “Para mim foi fantástico, todos se mostraram bastante interessados. Houve muita participação”, contou Marta sobre os quatro dias de capacitação.

“A Integração Sensorial é um modelo utilizado para trabalhar com crianças com transtornos de desenvolvimento que tenham dificuldade de organizar o corpo no espaço. Assim, tratamos de situações ligadas a como a criança consegue interagir no ambiente. A teoria fala muito sobre o comportamento comum da infância, pensando não só no desenvolvimento motor, mas também no sensorial – por isso integração sensorial”, explicou.

Marta esclareceu ainda que, de acordo com o modelo, o trabalho é realizado a partir das dificuldades da criança em coordenar os movimentos, em resolver problemas, etc., independente do diagnóstico – “se a criança é autista, se tem Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, ou se tem Síndrome de Down”.

Segundo ela, o mais interessante da teoria de Integração Sensorial é a possibilidade de explicar situações do cotidiano.

“Por exemplo, por que uma criança gosta de dar cambalhota e outra não, por que algumas gostam de brincar com argila enquanto outras não toleram essa atividade, por que algumas têm muita angústia de pisar na grama/areia e outras já gostam, porque algumas têm ou não medo de altura, porque gostam de brincar de balanço etc. A explicação sensorial explica a ciência por trás disso, sobre o comportamento do brincar da criança – o processo neurológico que explica tais comportamentos e como usar isso no processo de terapia e no dia a dia da criança”.

A terapeuta ocupacional destacou o interesse dos profissionais em saber como aplicar a Terapia de Integração Social no trabalho realizado na FCEE. “Pude perceber uma motivação muito grande das pessoas em iniciar a terapia aqui, de acordo com esse modelo que apresentei. Durante o curso trabalhamos muito com casos clínicos, estudos, buscando sempre mostrar como usar a teoria na prática”.

Marta Rosa Gonçalves Pereira e a professora pós-doutora Lídia de Castro Magalhães foram as primeiras a introduzir a Teoria da Integração Sensorial no Brasil, em 1977. “De lá pra cá nós temos trabalhado bastante com esse método, especialmente na implantação do serviço, pois é um modelo terapêutico que ajuda muito as crianças e que tem evoluído nesses 36 anos”.

Marta é funcionária da Secretaria de Estado da Saúde em Brasília, atualmente atua na UTI Neonatal, e tem é proprietária da clínica Criar (Centro de Reabilitação Integrado).

A capacitação "Papel da Integração Sensorial no desenvolvimento humano e sua utilização na intervenção terapêutica” teve como objetivos (1) proporcionar aos profissionais o conhecimento sobre o papel da Integração Sensorial no desenvolvimento humano e na aprendizagem; (2) fornecer uma base teórico-prática sobre a Terapia da Integração Sensorial; e (3) capacitar os profissionais a utilizarem os princípios da Terapia da Integração Sensorial nas suas rotinas de atendimento no Cener.

Os participantes foram certificados pela FCEE. 

Assessoria de Comunicação FCEE

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