O guia Portage surgiu nos Estados Unidos na década de 70, devido à necessidade do governo de identificar atrasos no desenvolvimento de crianças da zona rural por meio de um instrumento que pudesse ser manipulado por qualquer profissional ou mesmo membro da família. Desde então, o guia foi testado e aprimorado para aplicado nas escolas, nas instituições e lares das crianças da educação pré-escolar com deficiência ou não.

Solange de Souza, professora do Centro de Reabilitação Ana Maria Phillippi (Cener) da FCEE, conta que o guia é utilizado pelas equipes de Estimulação Essencial I e II do Centro desde 2009, quando foi implantado o serviço de Estimulação Essencial II. Serve como ferramenta de avaliação inicial e processual, além de guia de sugestões e atividades, e é encaminhado à família, à escola e ao serviço especializado que a criança frequenta, com o objetivo de fazer com que todos os que estão envolvidos possam acompanhar e estimular o seu desenvolvimento.

A Fundação também expôs na entrada das salas onde aconteciam as aulas alguns instrumentos feitos de materiais reciclados que são utilizados pelas equipes da Estimulação Essencial e que podem ser utilizados pelos professores da rede municipal para estimular o desenvolvimento das crianças. Alzira Cândido Lopes, professora do Cener, explica. “Nós fomos ensinar os professores a utilizar um instrumento de avaliação. Para isso, as crianças precisam demonstrar algumas habilidades que se desenvolvem naturalmente quando não há algum tipo de atraso. Porém, quando não conseguem demonstrá-las, podemos ensinar algumas habilidades através desses instrumentos”.

O objetivo dessa iniciativa também foi mostrar aos participantes que é possível trabalhar com poucos recursos. “Levamos esses materiais para que os professores entendam que não há necessidade de requinte para a utilização do instrumento. Figuras geométricas, potes, plásticos, qualquer sucata, desde que bem intencionada, pode ser aproveitada. Pude observar eles acharam muito interessantes as sugestões, constataram a simplicidade do material e como é fácil de fazer”, destaca. 

Com um total de 20 horas aula, a capacitação conta com 335 participantes, todos professores da rede municipal de Palhoça, sendo 175 no período matutino e 160 no vespertino.

Os primeiros encontros aconteceram na semana passada, no dia 29 e 30 de outubro. O próximo e último acontece no dia 28 de novembro. Os participantes que comprovarem a frequência mínima de 80% serão certificados pela Gecea.

Objetivos: Identificar atraso no desenvolvimento neuropsicomotor em crianças de zero a três anos de idade, matriculadas na educação infantil do município de palhoça e o consequente encaminhamento aos serviços de intervenção precoce daquelas que apresentarem indicativo de atraso.

Conteúdo programático: Noções básicas de desenvolvimento infantil; Marcos do desenvolvimento infantil; Sinais de alerta; Protocolo de identificação de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

Público-alvo: professores efetivos e admitidos em caráter temporário, professores vinculados às instituições conveniadas e professores do atendimento educacional especializado, todos do município de Palhoça.

Datas dos encontros: 29/10, 30/10, 07/11 e 28/11 Local: Faculdade Municipal da Palhoça

Ministrantes: Alzira Cândido Lopes, Elaine Carmelita Piucco, Maria Stela Lopes de Simas Sumienski, Sergio Otavio Bassetti, Danielly Maia Ventura Martins, Deise Cristina Fortkamp de Abreu, Eliane de Souza, Geovana Régis, Giselle Araújo e Silva de Medeiros, Juliana Copeti Mattos da Conceição, Jussara dos Santos, Lúcia Helena de Castro Pasquim, Maria Gizeli da Silva, Monique Scheidt dos Santos, Sabrina Regina dos Santos, Solange de Souza