sam_087803/09/13 – De 26 a 30 de agosto, a FCEE ofereceu o curso “Psicomotricidade para Pessoas com Deficiência e Transtorno Global do Desenvolvimento” a profissionais de educação física e fisioterapeutas da Fundação. Organizado pela Gerência de Capacitação, Articulação e Extensão (Gecae) e coordenado pelo Centro de Educação Física (Ceduf), o curso teve um total de 30 horas aula.

O curso foi ministrado pelo professor doutor Airton da Silva Negrine, que tem mais de 40 anos de vida acadêmica com experiências nas áreas de educação física, psicomotricidade, educação infantil e educação especial. O professor elogiou a participação dos servidores da FCEE no curso e destacou como a heterogeneidade do grupo contribuiu para o enriquecimento do curso. “Percebi que há um bom número de profissionais jovens, extremamente interessados pela temática, ao mesmo tempo em que há outros com muito tempo de casa, participando ativamente e contribuindo muito com sua experiência dos anos na Fundação”, contou Negrine.

“Uma Fundação como esta é um laboratório vivo. Se o profissional está instrumentalizado para usar todo o atendimento realizado aqui também como fonte de informações de pesquisa, isso faz com que a instituição avance. E vejo que aqui existem todas as ferramentas para estudar patologias, para estudar novos métodos e estar sempre buscando inovação”, acrescentou o professor.
 
Para ele, o grande desafio de um profissional, independente do campo de trabalho, é quebrar paradigmas. “É essa a minha proposta: quebrar um pouco dos paradigmas, de certas metodologias, seja na área da psicomotricidade, seja na área da visão que nós temos da inclusão: como ela está sendo feita, como a imaginamos daqui a vinte anos”.

O professor defende que instituições de educação especial como a FCEE têm papel determinante para garantir a inclusão e a cidadania para as pessoas com deficiência. “Há situações em que a escola, por si só, não vai dar conta de suprir as necessidades do indivíduo; algumas pessoas vão necessitar, para o resto da vida, de um lugar para serem atendidos e terem qualidade de vida. Por isso é preciso repensar as políticas públicas, repensar qual é o papel dessas instituições, para continuar avançando, para lançar projetos mais arrojados, para instrumentalizar cada vez mais os profissionais”, destacou.

De acordo com o pesquisador, formação continuada é a chave para o avanço das instituições e também para o crescimento individual, pois nenhum profissional é formado apenas com o título acadêmico. Para Airton, o momento de iniciar a formação continuada é logo quando a pessoa ingressa na instituição e começa a ter suas vivências de trabalho. “No momento em que ele está tendo a experiência, ele consegue entender melhor o que funciona e o que não funciona”. Assim, o profissional é capaz de confirmar ou refutar o que ouviu na universidade e durante as capacitações, e até mesmo criar novas teorias. “Isso é de exterma relevância e tem que ser entendido pelos gestores como um processo contínuo”.

Quando questionado sobre os pontos mais relevantes do curso, Airton destacou duas coisas que, segundo ele, foram inovadoras para os participantes. “Uma foi a visão que eu trouxe da psicomotricidade relacional, que se contrapõe à visão funcionalista da psicomotricidade – aquela do movimento técnico, do movimento pelo movimento; uma visão relacional que utiliza o lúdico como ferramenta pedagógica. E outra questão trazida foi a formação pessoal do profissional de educação especial, que trata justamente de refletir sobre si mesmo, utilizando-se de dinâmicas e técnicas que o levam a pensar sobre o seu lugar aqui também como pessoa, analisando suas dificuldades, seus medos, angústias e suas potencialidades”.

Para trabalhar com essa última questão, do processo de formação pessoal dos profissionais, no último dia de curso o professor propôs aos participantes uma dinâmica com elementos lúdicos, com atividades que exigiam concentração, ritmo e coordenação. “Tive como objetivo fazer com que os profissionais que trabalham com pessoas com deficiência se colocassem em situações para testar suas capacidades coordenativas e sua atenção seletiva”, explicou.

Assessoria de Comunicação FCEE
 

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Conteúdos trabalhados no curso
- Histórico da Psicomotricidade
- Psicomotricidade na Infância
- Psicomotricidade para Pessoas com Deficiência e TGD
- Gerontopsicomotricidade
 

Currículo do professor:

Airton da Silva Negrine possui Curso de Graduação em Educação Física - Licenciatura Plena pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1971). Especialização em Psicomotricidade Relacional pela Secretaria Municipal de Educação de Barcelona/Espanha (1991). Mestrado em Educação na área de concentração Ensino pela Faculdade de Educação da UFRGS (1978). Doutorado em Filosofia e Ciências da Educação no Programa Inovação Curricular e Formação de Professores na Faculdade de Pedagogia da Universidade de Barcelona/Espanha (1993). Professor titular aposentado da UFRGS, com atuação no Curso de Graduação em Educação Física e na Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) como professor, orientador e coordenador do Programa em Ciências do Movimento Humano. Professor de vários Cursos de Especialização em Psicomotricidade, Medicina e Ciências do Desporto, Psicologia e Ciências do Desporto, Psicopedagogia Clínica e Institucional entre outros. Professor e orientador de 2001-2010 no Programa de Mestrado em Turismo da Universidade de Caxias do Sul. Atualmente é Diretor Geral e professor do Complexo Esportivo de Saúde - AQUÁRIUS. Em 2011 completou 40 anos de vida acadêmica com experiências nas áreas de Educação Física, Psicomotricidade, Educação Infantil, Educação Especial e Turismo. Consultor ad hoc - Avaliação Institucional e de Cursos Superiores de Educação Física e de Tecnologia em Gestão de Turismo e Gestão Desportiva e de Lazer do SINAES/INEP/MEC. Exerce atualmente funções de Consultor Ad Hoc da CAPES nas áreas de Educação Física e Educação.

Fonte: CNPq

 
 

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