Na tarde desta quinta-feira, 23/11, o secretário de Educação do município de Governador Celso Ramos, Adilson Costa, esteve reunido com o presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Eliton Verardi Dutra, para tratar sobre temas da educação especial em sua cidade. Entre os assuntos abordados estava o projeto “Núcleo de Material Adaptado Escolar”, do Centro de Tecnologia Assistiva (CETEP) da FCEE, que visa em parceria com os municípios a capacitação de profissionais e o assessoramento na prescrição e uso de equipamentos e acessórios escolares adaptados para crianças com deficiência.

O Módulo II do curso de Formação Inicial em Estimulação essencial ocorreu esta semana no campus da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), entre os dias 21 e 23 de novembro. Coordenado pelo Centro de Reabilitação Ana Maria Philippi (CENER), o curso era voltado exclusivamente para os participantes do Módulo I desta mesma formação e tinha como objetivo abordar a intervenção em estimulação precoce de modo interdisciplinar, através de estudos casos de crianças atendidas na FCEE.

Ministrado pela equipe de profissionais do Programa de Estimulação Precoce do CENER/FCEE, o curso abordou temas como Interdisciplina na clínica com crianças; a criança no contexto escolar e domiciliar: adaptações escolares e de acessibilidade; a Clínica Interdisciplinar na Síndrome de Down; a Clínica com bebês; a prática em estimulação precoce com bebês; a Clínica Interdisciplinar na paralisia cerebral e a Clínica Interdisciplinar no autismo.

O Programa de Estimulação Precoce do CENER/FCEE atende crianças de 0 a 5 anos completos com diagnóstico presumido de deficiência ou com atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. Mais informações pelo telefone (048) 3381-1681 ou pelo e-mail cener@fcee.sc.gov.br.

A escola municipal CAIC - Prof. Febronio Tancredo de Oliveira, da cidade de Palhoça, será a primeira escola a participar do projeto “Núcleo de Material Adaptado Escolar”, proposto pela Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), através do Centro de Tecnologia Assistiva (CETEP), em parceria com os municípios visando a capacitação dos profissionais na área de Tecnologia Assistiva e o assessoramento na prescrição e uso de equipamentos e acessórios escolares adaptados.

Na última terça-feira, 21/11, ocorreu a primeira reunião sobre o projeto, da qual participaram a diretora da escola e os professores do Atendimento Educacional Especializado, além do Gerente de Pesquisa e Conhecimentos Aplicados da FCEE, Waldemar Pinheiro, a chefe de Gabinete, Ana Paula Moura, a coordenadora do CETEP, Márcia Martins, e a terapeuta ocupacional Tassiana Almeida.

O projeto “Núcleo de Material Adaptado Escolar” é uma proposta de parceira com os municípios para a abertura de Núcleos de Material Adaptado Escolar em suas cidades, que inclui a capacitação dos profissionais em Tecnologia Assistiva, visando a inclusão e permanência da pessoa com deficiência nas instituições escolares dos municípios; assessoria na avaliação, prescrição, desenvolvimento, produção e orientação de uso dos equipamentos e materiais escolares adaptados; entre outros treinamentos específicos.

Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas com o CETEP através do e-mail cetep@fcee.sc.gov.br ou pelo telefone (048) 3381-1658.

O III Fórum sobre Neurociências aplicadas a Educação e Saúde, que ocorreu nesta quarta-feira no Auditório da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), contou com uma homenagem especial no encerramento do curso. No âmbito das comemorações do Ano do Cinquentenário da FCEE, o neuropediatra Álvaro José de Oliveira, Diretor Técnico e Superintendente da FCEE entre 1969 e 1987, foi homenageado pelos anos dedicados ao trabalho em prol da educação especial em Santa Catarina, especialmente pela sua atuação como gestor da FCEE. A cerimônia contou com a presença de muitos servidores antigos da instituição e aposentados.

O neuropediatra Alvaro José de Oliveira, pai de uma filha com paralisia cerebral, foi um dos responsáveis por tornar Santa Catarina pioneira na estruturação de organizações voltadas ao atendimento de crianças com deficiências mentais, tendo sido um dos gestores responsáveis pela criação da Fundação Catarinense de Educação Especial no ano de 1968.

Como salientou o Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão da FCEE, Prof. Pedro de Souza, Dr. Álvaro esteve a frente do grupo de intermediadores que influenciaram a criação da FCEE no ano de 1968. Já o presidente da FCEE, Eliton Verardi Dutra, destacou as principais contribuições do neuropediatra para a evolução do atendimento a crianças com deficiência em Santa Catarina, como a criação em 1970 do 1º Programa Nacional de Estimulação Precoce e a idealização e instituição da equipe multiprofissional de avaliação diagnóstica da FCEE.

Em seu discurso, Dr. Álvaro salientou a importância da neurociência para a educação especial, assim como a educação para a família. Também destacou a importância da prática e lembrou que nos primeiros cinco anos a frente da FCEE seu grande desafio foi desmistificar a deficiência, que até então “era considerada um castigo dos céus”. Antes de autografar exemplares do seu livro “Felicidade do Pediatra da Inovação: a bela história da neuropatia que completa 80 anos”, no qual ele conta sua trajetória profissional e de vida, Dr. Álvaro desejou que a FCEE “se torne cada vez mais um centro de tecnologia e humanização da educação especial”.

Fórum de Neurociências
O III Fórum sobre Neurociências aplicadas a Educação e Saúde, coordenado pelo Centro de Avaliação e Encaminhamento (CENAE) da FCEE, contou com a presença de dezenas de fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, pedagogos e professores em busca de capacitação para entender como o cérebro processa os momentos de ensino. O curso foi ministrado pela fonoaudióloga e psicopedagoga Taís Cibotto, professora do Centro Universitário Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) de São Paulo, que abordou as funções executivas do cérebro e o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). “Foi uma ótima experiência conversar com profissionais de saúde e educação muito interessados no curso”, afirmou a professora.