Na última sexta-feira, 24 de novembro, a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), por meio do Centro de Educação Física (CEDUF), realizou o VI Encontro de Capoeira Especial. O evento reuniu 200 pessoas, contando com a presença das APAEs de Brusque, Governador Celso Ramos, Biguaçu, Porto Belo, Coronel Freitas, Nova Veneza, Pinhalzinho, além da Associação Amigo Down de São José e a Associação Catarinense da Síndrome do X-Frágil. Também participaram do evento os professores que cursaram a capacitação à distância “Capoeira para Pessoas com Deficiência”, oferecida pela FCEE.

Ao longo do dia, entre 9h e 16h, foram realizadas rodas de capoeira com a presença de importantes mestres da Bahia e do Rio de Janeiro, aulões de maculelê, um festival de cantadores, além de relatos de experiências e rodas de educadores. “A capoeira trabalha várias possibilidades de aumento da qualidade de vida para as pessoas com deficiência, tanto físicas quanto relativas à socialização”’, ressalta o professor de capoeira Fernando Bueno, o Tuti, do CEDUF.

O Encontro Catarinense de Capoeira Especial surgiu na FCEE em 2012 depois de um levantamento sobre a quantidade de instituições catarinenses que ofereciam aulas de capoeira de forma inclusiva. A partir de 2014 sua realização se tornou itinerante, passando pelos municípios de Brusque, Nova Veneza e Governador Celso Ramos, voltando este ano para São José.

Foto: João Souza.

O Centro de Educação e Trabalho (CENET) da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) recebeu nesta quinta-feira, dia 23 de novembro, a festa de casamento de Getúlio Junior, 34, e Luzia Fedrigo, 23, ambos com deficiência intelectual moderada. Ex-aprendiz da oficina de congelados do CENET, Getúlio recebia orientações sobre como conduzir seu emprego no Grupo de Profissionais Egressos do CENET em 2014 quando conheceu Luzia, que havia sido encaminhada para uma loja de sapatos pela equipe do Serviço de Colocação no Mercado de Trabalho. Estavam presentes na festa educandos e profissionais do CENET, além de familiares dos noivos.

Como aprendiz do CENET/FCEE, Getúlio passou pela etapa de Iniciação ao Trabalho, onde aprendeu habilidades profissionais gerais nos grupos de iniciação e habilidades específicas na oficina de pré-qualificação em congelados. Depois, foi encaminhado pelo Serviço de Colocação no Mercado de Trabalho para seu atual emprego.

O Serviço de Colocação no Mercado de Trabalho tem como objetivo acompanhar e encaminhar pessoas com deficiência (intelectual, mental, sensorial, física, múltipla e/ou transtorno do espectro autista - TEA) no mercado de trabalho. Entre 2012 e 2017 o Serviço de Colocação no Mercado de Trabalho da FCEE promoveu a contratação de cerca de 600 pessoas com deficiência por empresas da Grande Florianópolis. É atualmente composto por quatro profissionais: as professoras Neide Souza e Flávia Hauaji, a psicóloga Giovana Flores e a Assistente Social Rosilane Dalazen. Mais informações sobre o Serviço neste link. 

A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) foi o tema de um curso de capacitação realizado nesta sexta-feira (24/11) pela Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) voltado para profissionais dos Centros de Atendimento da instituição. No próximo dia 08/12 ocorre mais uma edição deste curso, desta vez voltado para profissionais das instituições especializadas conveniadas da Grande Florianópolis, através de uma parceria com Federação das APAES de Santa Catarina (Feapaesc) e a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Ao longo de 2018 o curso será oferecido também em outras seis regiões, atendendo instituições de todo o Estado.

"Este curso está servindo para preparar os profissionais da FCEE para a aplicação da CIF nos nossos Centros de Atendimento", explica o Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão da FCEE, Pedro de Souza, explicando que a capacitação é fruto direto do trabalho do Grupo de Estudos sobre CIF da FCEE, que reuniu cerca de 20 servidores da instituições ao longo de 30 encontros, realizados entre maio de 2016 e agosto de 2017 com o objetivo de estudar a CIF e a produção científica sobre o assunto, além das aplicações da classificação no campus da FCEE, de modo a capacitar os servidores e embasar o trabalho realizado na instituição.

O grupo, coordenado pelos fisioterapeutas André de Sousa Rocha e Kelly Cristine Schmidt do Núcleo de Estudos e Pesquisas (NESPE), tinha também como objetivo ampliar a utilização da CIF na área da educação, realizando no futuro capacitações para servidores da FCEE e instituições conveniadas.

As capacitações que serão oferecidas para as instituições conveniadas serão realizadas no modo semi-presencial, com 8h presenciais e 8h à distância. No dia 08/12 ocorre a primeira de sete edições, que será voltada exclusivamente para profissionais das instituições especializadas conveniadas da Grande Florianópolis. No primeiro semestre de 2018 serão realizadas mais seis edições em datas ainda a serem confirmadas nos seguintes pólos: Oeste (São Miguel do Oeste), Meio-Oeste (Chapecó), Sul (Tubarão), Serra (Lages), Vale do Itajaí (Blumenau) e Norte (Joinville).

O Edital e as inscrições para a capacitação do próximo dia 08 serão divulgados em breve pela FCEE.

A CIF
Aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2001, a CIF define os componentes da saúde e do bem-estar relacionados com a saúde, como educação e trabalho, classificando a funcionalidade e a incapacidade associados aos estados de saúde. É complementar à Classificação Internacional das Doenças (CID), que classifica os estados de saúde, tais como doenças, perturbações, lesões, fornecendo uma estrutura de base etiológica. As duas classificações internacionais, em conjunto, fornecem uma perspectiva ampla e significativa da saúde das pessoas ou da população, importantes para tomadas de decisão.

Aceita por 191 países como norma internacional para descrever e avaliar a saúde e a deficiência, a CIF considera os aspectos sociais da deficiência e propõe um mecanismo para estabelecer o impacto do ambiente social e físico sobre a funcionalidade da pessoa, representando uma mudança de paradigma relacionada à visão de deficiência e incapacidade, substituindo o enfoque negativo por uma perspectiva positiva, considerando as atividades que um individuo pode desempenhar e a sua participação social. Assim, a CIF é importante para avaliação das condições de vida e promoção de políticas inclusivas, pois fornece instrumentos para avaliar os componentes do bem-estar e produzir ambientes mais acessíveis.

Publicada em português pela USP em 2003, a CIF estabelece uma base científica e uma linguagem comum que permitem a comparação entre dados sobre as consequências de estados de saúde entre países, disciplinas de cuidado da saúde ou épocas. Ainda que seja muito utilizada na saúde, a CIF ainda é uma novidade no campo da educação.

Na tarde desta quinta-feira, 23/11, o secretário de Educação do município de Governador Celso Ramos, Adilson Costa, esteve reunido com o presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Eliton Verardi Dutra, para tratar sobre temas da educação especial em sua cidade. Entre os assuntos abordados estava o projeto “Núcleo de Material Adaptado Escolar”, do Centro de Tecnologia Assistiva (CETEP) da FCEE, que visa em parceria com os municípios a capacitação de profissionais e o assessoramento na prescrição e uso de equipamentos e acessórios escolares adaptados para crianças com deficiência.