Presidente da Federação das APAES de Santa Catarina em reunião na FCEE
A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) e a Federação das APAES de Santa Catarina firmaram uma parceria em reunião realizada nesta quinta-feira, 6 de abril, para realização de capacitações nas áreas de Avaliação Diagnóstica e Estimulação Precoce. Os cursos serão voltados para as APAES de três regiões do Estado, Criciúma, Joinville e Chapecó, e devem ocorrer até o final deste ano.

Participaram da reunião o presidente da Federação das APAES de Santa Catarina, Júlio Cesar de Aguiar, o presidente da FCEE, Eliton Verardi Dutra, a gerente de Capacitação e Extensão, Ana Paula de Araújo Moura, e a Integradora de Educação Especial, Maria Stela Sumienski.
Transcritora Braille em atividade na FCEE
Neste sábado, dia 8 de abril, é comemorado no Brasil o Dia Nacional do Braille, sistema de escrita e leitura baseado na percepção pelo tato. A data foi escolhida em homenagem ao nascimento de José Álvares de Azevedo, primeiro professor cego brasileiro, que estudou o método Braille em Paris, na França, em 1844 e se dedicou a difusão do sistema no Brasil. Em Santa Catarina, a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) produz e distribui gratuitamente livros em Braille para alunos com deficiência visual inscritos em escolas públicas estaduais e municipais. Em 2016, foram produzidos mais de 150 livros escolares, visando atender as necessidades de 28 alunos cegos.

O Serviço de Produção de Livro Acessível da FCEE, realizado pelo Centro de Apoio Pedagógico e Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), é responsável pela produção e distribuição dos Livros em Braille e envolve uma equipe técnica formada por profissionais especializados. Os pedidos de produção de livros chegam de todo o Estado através das Gerências Regionais de Educação.

Conforme explica o pedagogo Marcelo Lofi, coordenador do CAP, os textos são transcritos e impressos conforme as normas técnicas para produção de texto em Braille. A produção de um livro em Braille envolve diversas etapas. Tudo começa com a digitalização do livro original por meio de um scanner. A segunda etapa é a Adaptação, quando os elementos do texto são organizados para a transcrição e os elementos visuais, como fotos, gráficos e imagens, são descritos. A terceira etapa é a Transcrição propriamente dita, feita através do software Braille Fácil. O profissional responsável por esta etapa diagrama o texto e insere as adaptações conforme as normas técnicas para transcrição de livros em Braille. Nesta etapa também são feitas as adaptações das figuras, como mapas e gráficos, que ocorrem através de outro software, o Monet, que prepara as imagens para serem impressas em alto relevo. A quarta etapa é a impressão, seguida pela Revisão Braille, feita exclusivamente por revisores cegos, que realizam as últimas correções antes da impressão final e encadernação.

O processo de produção de livros em Braille pode levar muitos meses, dependendo da complexidade e do tamanho do livro original. Um livro de matemática com 300 páginas, por exemplo, leva em torno de oito meses para ser produzido em Braille. O volume dos livros transcritos também impressiona. Um volume com 40 páginas no sistema convencional de escrita pode gerar um livro com mais de 300 páginas em Braille.

Na FCEE, a produção dos livros escolares em Braille normalmente é feita em capítulos, que são enviados aos alunos, permitindo assim que eles consigam acompanhar os conteúdos conforme o andamento do ano letivo. “O ideal é que os livros cheguem para nós antes do final do ano letivo, assim temos tempo de produzir os primeiros capítulos para o início do próximo ano letivo”, explica a professora Jeane Rauh Probst, uma das responsáveis pela transcrição dos livros em Braille.  

O Braille foi criado por Louis Braille, um jovem francês que ficou cego aos três anos de idade, e cuja invenção mudou a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. A primeira apresentação do braille foi feita por seu autor em 1825. A escrita e a leitura por meio de pontos em relevo em um tabuleiro baseiam-se na combinação padrão de seis pontos, dispostos em duas colunas de três pontos, permitindo a formação de 63 caracteres diferentes. Segundo dados do Censo do IBGE de 2010, há no Brasil mais de 6 milhões de pessoas com grande dificuldade para enxergar, destas aproximadamente 530 mil são cegas.
Abertura do Encontro de Altas Habilidades em Araranguá
Mais de 200 educadores participaram nesta quarta-feira, 5 de abril, do I Encontro Regional de Altas Habilidades/Superdotação da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Araranguá, promovido pela Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) e realizado no auditório do Center Shopping. A abertura do evento contou com a participação do gerente Regional de Educação, Nilson Costa, da supervisora da Gerência Regional de Educação Cleusa Maria Felisberto Tavares, do Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão da FCEE, Pedro de Souza, além das profissionais ministrantes do curso, a coordenadora do Núcleo de Atividade de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S) da FCEE, Andréia Panchiniak, e a professora Vânia Pires Franz de Matos.

Voltado para professores, assistentes técnicos e gestores educacionais da ADR de Araranguá e gestores educacionais dos municípios que compõe essa ADR, o Encontro tem como objetivo capacitar os professores e demais profissionais da educação envolvidos na implantação e no atendimento nesses serviços, além de continuar o processo de expansão e descentralização dos serviços de avaliação e atendimento dos alunos com Altas habilidades/Superdotação no Estado promovido pela FCEE desde 2015.

O gerente Regional de Educação, Nilson Costa, destacou a importância do encontro para a sociedade e em especial para os educadores. “Teremos a grande oportunidade de aprender a desmistificar e identificar um aluno superdotado, que muitas vezes além de não identificado é mal interpretado. Não devemos mais desperdiçar estes talentos e nós, educadores, temos em nossas mãos esta responsabilidade. Podemos fazer a diferença na vida destes alunos”.

O Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão da FCEE, professor Pedro de Souza, cita que pela primeira vez um Estado Brasileiro implanta na rede estadual de ensino um serviço educacional especializado, que trabalha a inclusão. “Estima-se que 5% dos estudantes tenham habilidades acima da média, e certamente teremos a proporcionalidade aqui na Região de Araranguá. Começa-se a partir de hoje a implantação de um Núcleo, através de uma importante parceria. O primeiro passo é trabalhar na identificação dos alunos que apresentam o indicativo. Eles passarão a ter um espaço próprio, com metodologia adequada, já que o nível de raciocínio, de compreensão, de aprendizagem destes alunos é diferenciado. Não podemos perder talentos que podem ajudar a sociedade”.

O encontro, com 6 horas de duração, abordou os temas “Altas habilidades/Superdotação na Educação Especial”, “Características das AH/SD e mitos presentes nessa temática”, “Identificação de alunos com AH/SD”, “Modelos de Atendimento” e “Diretrizes do Atendimento Educacional Especializado (AEE) em Altas Habilidades/Superdotação”.

No seminário, foi disseminada a política de educação especial na área das altas habilidades, e os profissionais ligados à área da educação foram capacitados a identificar os alunos com indicadores de altas habilidades/superdotação. “Nossa meta é que possamos instrumentalizar os professores para que eles conheçam e assim reconheçam os alunos com indicadores”, destacou a coordenadora do Núcleo de Atividade de Altas Habilidades/Superdotação.

Tão logo sejam mapeados os alunos, a Regional de Araranguá deverá ganhar um pólo de serviço educacional especializado no atendimento a pessoa com indicativo em altas habilidades/superdotação, que provavelmente será sediado na EEB Araranguá. Ele contará com um pedagogo e um professor capacitados para prestarem atendimento, no contraturno das aulas.

Desde 2015 a FCEE vem promovendo a expansão dos serviços de Atendimento Educacional Especializado (AEE) voltados para alunos com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) na rede estadual de ensino em Santa Catarina. Em 2016 foram seis regiões administrativas do Estado a receberem capacitações e assessoria para a implantação dos serviços, através das Gerências Regionais de Educação das Agências Regionais de Desenvolvimento (ADR). Para 2017, já está confirmada a implantação dos serviços em mais nove regiões. 
Atividades práticas no curso Educação Física e Inclusão
A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) realizou nos dias 4 e 5 de abril a capacitação “Educação Física e Inclusão” em parceria com a Agência de Desenvolvimento Regional de Campos Novos. Voltado para professores de educação física das redes estadual e municipal de ensino da ADR de Campos Novos, bem como as APAES e outras instituições de educação especial, o curso teve como objetivo capacitar os profissionais para o atendimento das pessoas com deficiência através da Educação Física.

O evento ocorreu no auditório da Fundação Cultural Camponovense, em Campos Novos, e foi ministrado pelos professores do Centro de Educação Física (CEDUF) da FCEE, Marília Garcia Pinto e Gabriel Reinaldo de Souza. O curso abordou temas como Conceito de Deficiência – Características e tipos; Síndromes, Transtorno do Espectro Autista e Altas habilidades; Inclusão – Leis ; A Educação Física no processo de Inclusão – Debate; Tecnologias Assistivas; Adaptações para as diversas Deficiências; sugestões de atividades práticas; Avaliação em Educação Física – Atividade Motora Adaptada; Perspectivas da Educação Física frente à Inclusão – Saúde, qualidade de vida, esporte, educação, lazer.
Auditório lotado para Capacitação em Avaliação Diagnóstica
Profissionais de todo o Estado participam da Capacitação em Avaliação Diagnóstica para Instituições de Educação Especial que teve início nesta terça-feira, 04 de abril, no campus da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Voltado para as equipes técnicas de psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia e pedagogia, o curso tem como objetivo capacitar os profissionais que realizam avaliações diagnósticas nas APAES de Santa Catarina.

Organizado pela Gerência de Capacitação, Articulação e Extensão (GECAE) da FCEE, o curso está sendo ministrado pela equipe técnica do Centro de Avaliação e Encaminhamento (CENAE) e prossegue até a próxima sexta-feira, dia 7 de abril, totalizando 21 horas de formação. Estão sendo abordados conteúdos como Exposição do protocolo de pré triagem; Estudo das triagens da avaliação diagnóstica e Termo de compromisso; Deficiência Intelectual; Atraso Global no desenvolvimento, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade; Transtorno do Espectro Autista; Estudo dos protocolos de avaliação por área de atuação e estudos de casos clínicos.
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