O funcionamento e a metodologia de trabalho de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi tema de formação continuada realizada pela Secretaria de Estado da Educação (SED). A capacitação, realizada em Florianópolis, ocorreu nos dias 24 e 25 de agosto e reuniu cerca de 150 participantes, incluindo representantes das Coordenadorias Regionais de Educação e professores do atendimento educacional especializado (AEE) em TEA.

A formação foi ministrada por Fabiana de Melo Giacomini Garcez, supervisora de atividades educacionais extensivas da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). “Esses momentos são de extrema importância para disseminação das políticas públicas e para qualificar o atendimento desses estudantes com autismo. Tratamos sobre o papel do AEE dentro da escola e o papel dos polos de atendimento especializados no autismo, além das práticas educacionais para esses estudantes “, explica ela.

Organizada pela Diretoria de Ensino da SED em parceria com a FCEE, a capacitação busca que os educadores conheçam as especificidades do estudante com diagnóstico de TEA, estudem as Diretrizes do AEE TEA para a rede regular de ensino e conheçam os recursos e metodologias necessários para este público. Além disso, o curso buscou também orientar professores em relação às suas atribuições nos Polo TEA.

Conheça os Polos do AEE TEA

A SED conta com 27 polos distribuídos em 17 coordenadorias regionais, com professores do AEE TEA e os Professores Assessores. Os polos também oferecem Professores Assessores às demais coordenadorias que precisam do atendimento.

O trabalho de orientação das ações dos Polos vem sendo realizado pela SED e pela FCEE, por meio de encontros sistemáticos na modalidade online e também presencial.

(Com informações da Secretaria da Educação)

A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) participou nesta quinta-feira, 24/08, em Florianópolis do primeiro encontro do Fórum Permanente de Educação Especial de Santa Catarina, iniciativa que visa reunir representantes de universidades, da educação básica e da sociedade civil com o objetivo de acompanhar as políticas públicas voltadas a Educação Especial, bem como o desenvolvimento de iniciativas inovadoras para a melhoria da educação básica. O evento foi marcado por uma palestra da professora Dra. Márcia Pletsch, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

O Fórum é uma iniciativa do Observatório Catarinense de Educação Especial, programa de Extensão do Observatório de Práticas Escolares (OPE) vinculado a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

Estavam presentes representantes do Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED) da Udesc, da educação especial dos municípios de Florianópolis, São José, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, Biguaçu e Rancho Queimado.

A Supervisora de Atividades Educacionais Nuclear da FCEE, Grazielle Franciosi da Silva, é membro do Fórum e representou a instituição.

Ocorreu nesta última quinta-feira, dia 24/08, a cerimônia de formatura dos sete aprendizes do projeto Jovens Aprendizes PCD’s, fruto de uma parceria da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) com a Polícia Militar de Santa Catarina e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). A cerimônia marcou o encerramento do contrato dos jovens, que atuaram durante dois anos no monitoramento das câmeras de segurança do Centro de Comando e Controle da PM, em Florianópolis. O Centro de Educação e Trabalho (CENET) da FCEE já está encaminhando novos aprendizes com deficiência para participarem da nova turma do projeto.

Saiba mais sobre este projeto no vídeo "A experiência do primeiro emprego para pessoas com deficiência" no Canal da FCEE no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=L7wZFZg6I7E

A equipe do Serviço de Inclusão e Acompanhamento Profissional (SIAP) do CENET-FCEE já está mapeando postos de trabalho para contratação formal dos aprendizes que se formaram neste projeto.

Contrato de aprendizagem e Trabalho Formal

O Contrato de aprendizagem é um acordo de trabalho especial de dois anos que capacita o educando/aprendiz em nível profissional básico, no qual o CIEE fornece a formação teórica e a FCEE encaminha para uma empresa, a qual é orientada para oferecer o ensino prático das atividades a serem exercidas. Já o Trabalho Formal é a atividade registrada em carteira profissional, ofertada por empresa, em conformidade com as leis trabalhistas vigentes.

O CENET, na FCEE, avalia as habilidades das pessoas com deficiência que procuram os serviços, realiza a preparação em grupos de Iniciação para o trabalho e de Pré-qualificações, e prepara essas pessoas quanto à postura, currículo e documentação para ingresso no mundo do trabalho. Além disso, a Fundação orienta, acompanha, supervisiona e realiza esclarecimentos para instituições privadas e públicas com foco na inclusão profissional da pessoa com deficiência e na qualidade de sua permanência no trabalho.

Entre os dias 21 a 28 de agosto é comemorada em todo o Brasil a Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Para conscientizar sobre a importância de promover a inclusão social deste público, a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) promoverá nos dias 22, 23 e 24 uma gincana envolvendo seus educandos no campus em São José. A programação, que ocorre há três anos, será organizada pelo Centro de Educação e Vivência (CEVI) da FCEE, que atende atualmente cerca de 220 educandos com deficiência intelectual e múltipla.

As atividades das gincanas incluem jogos lúdicos com a proposta de promover interações entre grupos diferentes de educandos, para que estes possam vivenciar momentos de solidariedade e empatia.

Segundo Monique Scheidt dos Santos, coordenadora do CEVI, a gincana é importante para o educando vivenciar e refletir sobre a deficiência do outro e suas diferenças e saber conviver com elas. “Durante a Gincana, realizamos provas que vão ao encontro da proposta de intervenção pautada no Currículo Funcional Natural, proporcionando aos educandos o desempenho de habilidades cognitivas e funcionais. Além disso mesclamos as turmas para que educandos de idades, assim como funcionalidades diferentes, tenham a oportunidade de conviver mais intensamente, fazendo com que consigam refletir sobre a deficiência e a diferença de cada um. Eles percebem que cada um tem um funcionamento diferenciado e que é preciso saber conviver com essas diferenças”, explica Monique.

Mais visibilidade
Para Monique, celebrar a Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla tem um significado especial, já que permite mostrar para a sociedade que a pessoa com deficiência já não fica mais confinada em casa e está sim inserida na comunidade a qual faz parte.

“Essas pessoas com deficiência precisam ter visibilidade”, defende Monique. “Falar sobre isso fora dos muros das instituições especializadas é muito importante. As pessoas que estão aqui todos os dias sendo atendidas também frequentam supermercados, farmácias, shoppings… E celebrar essa Semana permite mostrar para a sociedade a importância de saber compreender e respeitar as especificidades das pessoas com deficiência, pois assim estaremos construindo uma sociedade realmente inclusiva”.

Santa Catarina é referência em Educação Especial
Além de promover o processo de inclusão social da pessoa com deficiência intelectual e múltipla, o Governo de Santa Catarina, por intermédio da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), atende este público em suas diversas faixas etárias, através dos serviços especializados de Estimulação Precoce, Atendimento Educacional Especializado, Serviço Pedagógico Específico, Programa de Educação Profissional, Serviço de Atendimento Específico, Serviço de Vivências Laborais e Serviço de Convivência. Tais serviços são oferecidos tanto no campus da FCEE em São José quanto nas instituições especializadas conveniadas em todo o Estado, como as Apaes e as Associações de Amigos do Autista (AMA), e também nas escolas estaduais (no caso da AEE).

Desta forma Santa Catarina tem sido referência no Brasil quando o assunto é politica pública para pessoas com deficiência. Alvaneve Moretto, coordenadora do Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (CETEA) da FCEE, conta que gestores públicos de outros estados procuram a FCEE para troca de experiências e assessorias para compreender o funcionamento e a estrutura organizacional da Educação Especial em Santa Catarina.

“Santa Catarina é um dos únicos estados que têm um órgão específico em educação especial. Por isso recebemos muitos e-mails de gestores de outros estados solicitando assessoria sobre os nossos serviços, pois estamos avançados neste setor. Algumas pessoas de outras localidades do Brasil vêm para nossa cidade para buscar nosso atendimento e outras até se mudam para a Grande Florianópolis para desfrutar dos nossos serviços”, explica Alvaneve.

Políticas de Educação Especial
A FCEE é o órgão do Governo do Estado de Santa Catarina responsável pela definição e coordenação das políticas de Educação Especial, fomentando, produzindo e disseminando o conhecimento científico e tecnológico desta área. Em seu campus em São José, na Grande Florianópolis, funcionam dez Centros de Atendimento Especializado, que são espaços de estudos, discussões, atendimentos e pesquisas em suas respectivas áreas de atuação e que realizam cerca de 600 atendimentos diários. Em todo o estado, a FCEE possui parcerias com 245 instituições especializadas, as quais beneficiam cerca de 28 mil educandos.