Piscina vazia em prédio em obras, coberta e com janelas ao fundo.
Esta quinta-feira, 4, foi mais um dia de visita às obras do novo prédio da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) pela Comissão Especial de Acompanhamento dos trabalhos. A comissão, formada por servidores da instituição, acompanhou as ações que estão sendo desenvolvidas no local, dentro do campus da FCEE, em São José (SC). A previsão da conclusão da obra permanece sendo para o segundo semestre de 2024.

Entre as novidades, algumas já visíveis para os frequentadores do campus, estão a organização do pátio ao redor do prédio, com colocação de piso e meio-fio, e a fase de colocação de revestimento na piscina térmica, que será usada para os atendimentos de hidroterapia. As salas de atendimento já estão recebendo o piso vinílico, enquanto nas áreas de circulação comum está sendo colocado piso porcelanato. Destaque também para a instalação das caixas d’águas, que inclui duas cisternas, exclusivas para reutilização da água da chuva.

Vista frontal do prédio em construção, 3 pavimentos em cimento, 2 pessoas caminham na calçada.
O espaço vai abrigar diversos centros de atendimento especializado da FCEE voltados para pessoas com atraso global do desenvolvimento, deficiência (visual, auditiva, intelectual, física e múltipla), transtorno do espectro autista, transtorno do déficit de atenção/hiperatividade e altas habilidades/superdotação. A estrutura suprirá uma necessidade de locais mais adequados e acessíveis para os cerca de 600 atendimentos diários realizados na sede da Fundação.

Participaram da visita o engenheiro civil Ezequiel Rosenbach, a terapeuta ocupacional Caroline Mattos e o técnico Felipe Pereira Fernandes.

O novo prédio da FCEE está localizado na região central do campus, possui 6,7 mil metros quadrados e três pavimentos, e já é considerado uma referência em acessibilidade no Brasil. Entre os destaques do projeto estão as 300 placas solares a serem instaladas no telhado, que permitirão a autossuficiência energética do prédio, o Jardim Sensorial no vão central no pavimento térreo e as salas adaptadas para fonoaudiologia com isolamento acústico.
III Seminário de Educação Inclusiva: Inovação e Tecnologia no Atendimento Educacional Especializado – AEE
Com o objetivo de fomentar discussões sobre inovações e tecnologia no Atendimento Educacional Especializado, a Fundação Catarinense de Educação Especial informa que estão abertas as inscrições para apresentação de trabalhos no “III Seminário de Educação Inclusiva: Inovação e Tecnologia no Atendimento Educacional Especializado – AEE”, que ocorre no dia 13 de setembro de 2024 em formato presencial, no auditório do campus da instituição, em São José (SC). O prazo para profissionais da área da educação interessados em submeter trabalhos é até 31 de julho, enquanto interessados em assistir o evento podem se inscrever até o dia 08 de setembro. Mais informações e inscrições no site da FCEE neste link: https://www.fcee.sc.gov.br/institucional/editais/cursos-e-capacitacoes/cursos-com-inscricoes-abertas

Organizado pelo Núcleo de Atendimento Educacional Educacional Especializado (NAEE) da FCEE, o seminário tem como objetivo fomentar a atualização, discussão e aprimoramento científico e tecnológico vinculado às práticas pedagógicas aplicadas no Atendimento Educacional Especializado.

Além das apresentações de trabalho e relatos de experiências, o evento contará com duas palestras apresentadas por pedagogas da FCEE: Fabiana Giacomini Garcez abordará o “Inovações na avaliação pedagógica dos estudantes matriculados no AEE” enquanto Mariele Finatto fala sobre “Práticas baseadas em evidências no AEE”.

III Seminário de Educação Inclusiva: Inovação e Tecnologia no Atendimento Educacional Especializado – AEE
Data: 13 de setembro de 2024, das 8h às 17h.
Prazo de inscrição: até 08 de setembro de 2024 às 18h
Período de submissão de trabalhos: até 31 de julho de 2024, às 17h ( O trabalho deverá ser anexado no momento da inscrição, ao final do formulário de inscrição, no item pré requisito - anexos).
Dúvidas no e-mail naee@fcee.sc.gov.br
Link para o edital completo: clique aqui.
Imagem de 10 pessoas posando para foto, ambiente aberto, boneco vermelho da FCEE ao lado, ao fundo árvores
Na tarde desta sexta-feira (21/06) parte da delegação de paratletas que representou a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) na última edição dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc) esteve reunida com a presidente Jeane Rauh Probst Leite para apresentar as classificações obtidas e explicar sobre os novos projetos em andamento.

Os paratletas do grupo competiram nas modalidades Bocha Rafa (Deficiência Intelectual) e Tênis de Mesa (Deficiência Intelectual e Síndrome de Down). Os Parajasc foram realizados entre 28 de maio e 02 de junho em Blumenau. A FCEE conquistou uma medalha de ouro no Tênis de Mesa (Down), com a educanda Amanda Alberton, e o troféu de equipe vice-campeã geral no Tênis de Mesa (D.I.).

Também estava presente no encontro a servidora Josiane Becker, que foi coordenadora da equipe campeã nos Parajasc no Xadrez para pessoas com deficiência visual, modalidade que começou a ser desenvolvida no campus através da parceria com Associação Catarinense de Esportes Adaptados (Acesa).

O coordenador do Centro de Educação e Física e Cultura (Cefic) da FCEE, Fernando Bueno, explicou a importância das diversas parcerias em andamento na área do paradesporto, em especial, a parceria com a Acesa, que desde o início do ano vem utilizando o ginásio da FCEE para treinamentos de goalball, vôlei sentado e badminton e, mais recentemente, também do xadrez para pessoas com deficiência visual.
Duas pessoas sentadas em mesa de estudo, uma professora e um menino
No dia 27 de junho comemora-se o Dia Internacional da Pessoa com Surdocegueira, data escolhida em homenagem à escritora e ativista norte-americana Hellen Keller, primeira pessoa surdocega no mundo a obter um diploma de nível superior. Helen Keller dedicou sua vida a lutar pelos direitos das pessoas com essa deficiência. Em Santa Catarina, o Governo, por intermédio da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), realiza um trabalho voltado para estudantes surdocegos, onde o objetivo é melhorar a comunicação com e para estas pessoas, através de técnicas específicas e adaptadas a cada educando.

“Esta data especial, 27 de junho, é importante para refletirmos sobre essa deficiência, que tem suas particularidades e que compromete duas funções sensoriais: a visão e a audição. Nos faz pensar sobre como seria nossa vida sem poder ver e ouvir. Qual é a importância desses dois sentidos em nossa vida? Até que ponto essas deficiências limitam a vida de uma pessoa?”, destaca a pedagoga e professora do setor de surdocegueira do Centro de Capacitação de Profissionais de Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) da FCEE, Suzi Souto.

O CAS conta com uma equipe multidisciplinar composta por pedagogos, psicólogos e professores que, além de trabalhar diretamente com os educandos surdocegos, também orientam e auxiliam suas famílias. Entre as atividades desenvolvidas estão o ensino de Libras em diferentes modalidades, adaptadas às necessidades específicas de cada educando, bem como o ensino de Braille, Sorobã, e técnicas de orientação e mobilidade. A equipe também oferece orientação, assessoria e capacitação para os profissionais da rede regular de ensino e dos centros de atendimento educacional especializado (CAESP).

Entre estes educandos estão Tayson, 14 anos, surdocego, e Mariana, 18 anos, surda e com baixa visão, que recebem atendimento na instituição desde 2017 e 2013, respectivamente. De acordo com a pedagoga Vanessa Paula Rizotto, do apoio pedagógico do CAS, os dois educandos evoluíram de forma significativa desde o início dos atendimentos. “Hoje eles estão mais comunicativos. Antes eles se comunicavam por meio de sinais soltos, hoje já compreendem falas dentro de um contexto”, destaca.

Ensino individualizado: Libras tátil e Libras em campo reduzido
Duas pessoas sentadas em mesa de estudo, um professor e uma menina
Suzi Souto enfatiza que não existe uma fórmula única para o processo de ensino-aprendizagem, pois cada indivíduo chega ao CAS com uma realidade específica. Primeiramente, é realizada uma entrevista com a família para identificar o nível de comunicação existente entre os familiares e o educando. Em seguida, é elaborado um plano de ação individualizado, visando melhorar as limitações comunicacionais do educando, considerando os graus de suas perdas. Com o diagnóstico em mãos, a próxima etapa é a prática do ensino.

Para os educandos com surdez e cegueira, a comunicação utilizada é a Libras tátil, também conhecida como "mão na mão", onde os sinais são percebidos através do toque. Nesse método, a pessoa surdocega coloca as mãos sobre as mãos do sinalizante para sentir os movimentos e formas dos sinais. Por outro lado, a Libras em campo reduzido é utilizada para pessoas com baixa visão. Nesta modalidade, os sinais são feitos em um espaço visual menor e mais próximo do rosto ou do tronco do sinalizante, permitindo que a pessoa com baixa visão perceba os movimentos e formas dos sinais de maneira mais clara e eficaz.

Material didático diferenciado
Para facilitar o processo de ensino-aprendizagem, Suzi Souto desenvolveu uma série de instrumentos didáticos. Um exemplo é o caderno tátil, feito de EVA, com cinco linhas em alto-relevo que permitem aos educandos formar frases utilizando o alfabeto Braille. Além disso, ela criou a caixa delimitadora, que auxilia na compreensão de espaço, e a cela Braille ampliada para melhorar a percepção dos pontos Braille. A profissional também elaborou outros materiais confeccionados em diversas texturas, destinados a desenvolver a sensibilidade tátil dos educandos.

Suzi destaca que o processo de aprendizagem dos educandos surdocegos não deve ser medido em tempo, pois cada sujeito tem seu próprio ritmo. Antes de tudo, é necessário construir uma relação de confiança entre o educador e o educando. Somente depois vem a prática propriamente dita, que enfrenta desafios únicos. "Como você vai explicar para uma pessoa com essas características como é uma árvore ou uma baleia, por exemplo? Pessoas surdocegas usam as mãos para se comunicar e conhecer o mundo a sua volta, e nesses casos, elas não terão a possibilidade de sentir com as mãos a totalidade de uma árvore ou de uma baleia," enfatiza a educadora.

Respeito às particularidades
Segundo Fernanda Faucz, coordenadora do CAS, o trabalho do Atendimento Educacional Especializado (AEE) para surdocegueira tem como principal objetivo estabelecer um sistema de comunicação eficaz para as pessoas surdocegas, sempre respeitando as particularidades de cada educando atendido. "Aqui desenvolvemos metodologias buscando constantemente aprimorá-las, para oferecer um bom atendimento aos educandos, além de assessorar e capacitar os Centros de Atendimento Educacional Especializado (CAESP) e escolas da rede regular de ensino de Santa Catarina."

O Centro de Capacitação de Profissionais de Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS), funciona no campus da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), em São José. Mais informações em www.fcee.sc.gov.br
Mulher sentada em frente a computador com duas telas, usa fones de ouvido e faz anotações.
Os cursos de Educação Especial, desenvolvidos pelo Governo de Santa Catarina, por intermédio da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), estão entre os melhores do Brasil no segmento ensino a distância. A constatação é de uma pesquisa de mestrado denominada “A formação de tutores em EaD na Educação Especial, o caso FCEE”, defendida recentemente pela pesquisadora Márcia Cristina Martins, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Para chegar a essa conclusão, Márcia – que atua como integradora de educação especial na Gerência de Capacitação, Articulação e Extensão (Gecae) da FCEE – fez um estudo comparativo entre as metodologias ativas utilizadas em 145 cursos Ead da FCCE, entre 2020 a 2022, e nas cinco universidades com os maiores índices de avaliação pelo MEC em educação a distância.

Foram analisadas 1646 avaliações de qualidade dos cursos a distância englobando as universidades federais de São Paulo (USP), Rio de Janeiro (UFRJ), Rio Grande do Sul (UFRS), Ceará (UFCE) e Pernambuco (UFPE).

FCEE com ensino de qualidade
“Constatamos que as metodologias ativas utilizadas nos cursos a distância da Fundação Catarinense de Educação Especial são as mesmas metodologias utilizadas pelas melhores universidades do Brasil”, atesta Márcia Cristina.

A pesquisa concluiu que um dos grandes diferenciais dos cursos a distância da FCEE é a presença de tutores capacitados nas mais diversas áreas para acompanharem os alunos ao longo dos cursos. “Nos cursos da FCEE os cursistas não estudam sozinhos, há uma mediação constante entre tutor e aluno”, atesta Márcia.

O tutor conteudista nos cursos a distância da FCEE desempenha um papel de “facilitador na transmissão de informações”, explica a pesquisadora, destacando que o estabelecimento desta relação de confiança e engajamento com os cursistas cria um ambiente propício ao aprendizado significativo, colaborativo e oportuno para a troca de conhecimentos.

Em 2024 estão na grade de estudos da FCEE 45 cursos a distância com opções de 20 a 120 horas ofertadas, abordando temáticas variadas da educação especial. Os cursos e capacitações oferecidos pela FCEE são gratuitos e voltados, principalmente, para profissionais atuantes nas instituições especializadas em educação especial de Santa catarina assim como nas escolas da rede regular de ensino, visando o aperfeiçoamento e qualificação técnica dos profissionais que atuam direta ou indiretamente com as pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista, transtorno do déficit de atenção/hiperatividade e altas habilidades/superdotação.

Acessibilidade
Outro ponto de destaque nos cursos EaD da FCEE é a acessibilidade, através do uso de recursos de tecnologia assistiva dentro da plataforma onde os cursos são oferecidos. “Na FCEE, os cursos a distância já são organizados dentro da plataforma Moodle com acessibilidade, utilizando-se de alguns recursos de Tecnologia Assistiva. Por exemplo, todos os cursos, obrigatoriamente, precisam ter as janelas em Libras, bem como a audiodescrição das imagens”, destaca Márcia Cristina em sua dissertação de mestrado.

Saiba mais no site da FCEE na aba Cursos e Capacitações: https://www.fcee.sc.gov.br/institucional/editais/cursos-e-capacitacoes
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