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Janice Krasniak, presidente da FCEE, e José Raimundo Facion, um dos maiores pesquisadores do autismo no país, estreiam a teleconferência da parceria entre FCEE e FAPEU/UFSC.


No próximo dia 20 de dezembro, às 19h, será realizada a primeira teleconferência da parceria técnico-científica firmada este ano entre a FCEE – Fundação Catarinense de Educação Especial e a FAPEU – Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária/UFSC nas áreas de produção do conhecimento, desenvolvimento de tecnologias assistivas, formação continuada e capacitação em EaD, comunicação e apoio a projetos especiais.

A estreia do programa Educação Especial em Foco será com o tema Atendimento à Pessoa com Deficiência tendo, como participantes, Janice Krasniak, presidente da FCEE, e José Raimundo Facion, psicólogo, professor Doutor em psiquiatria, neuropediatria e neuroanatomia, referência em autismo no país.

O programa, de 50 minutos de duração, terá a mediação do jornalista Mário Motta e contará com reportagens sobre temas relacionados. Realizada no estúdio da FAPEU, no campus da UFSC, em Florianópolis, a teleconferência será transmitida ao vivo no dia 20 de dezembro, às 19h, pelo Canal da FCEE no YouTube: www.youtube.com/FCEECanal.

“O programa Educação Especial em Foco é mais uma iniciativa da FCEE para contribuir para a ampliação do debate sobre a inclusão social das pessoas com deficiência e sobre a educação especial em Santa Catarina, valorizando o trabalho desenvolvido e destacando a importância da parceria entre o Estado e as instituições credenciadas”, afirma Janice Krasniak, presidente da FCEE, primeira instituição pública estadual do Brasil responsável pela definição e coordenação de políticas de Educação Especial, sendo vinculada à Secretaria Estadual de Educação. Fundada em 1968, a FCEE mantém parcerias com instituições especializadas em educação especial para o atendimento pedagógico em todo o Estado, beneficiando cerca de 30 mil educandos com deficiência.

Janice Krasniak é servidora de carreira da FCEE. Possui formação em Pedagogia com habilitação em Educação Especial e Pós-Graduação em Séries Iniciais e Pré-Escola pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Na FCEE, foi coordenadora do Centro de Estudos e Atendimento a Deficiência Sensorial (CEADS), coordenadora do Centro de Apoio e Atendimento às Pessoas Deficientes Visuais (CAP), Gerente de Pesquisa e Conhecimentos Aplicados (GEPCA), Diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE) e Supervisora de Atividades Educacionais Nucleares, até que, em 2012, passou a atuar na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Em maio de 2021, assumiu a presidência da FCEE.

José Raimundo Facion é Psicólogo Infantil com atuação em Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (Autismo, Rett, Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância), Transtornos do Comportamento Disruptivo (TDAH), educação especial, terapia comportamental e inclusão. Desenvolveu sua carreira acadêmica na Alemanha, com graduação em Psicologia na Wilhelms-Universität Münster (1980); Doutorado pelo Abteilung für Kinder und Jugendpsychiatrie - Westfälische Wilhelms-Universität Münster (1986); Pós-doutor pelo Abteilung für Neuropädiatrie e pelo Institut für Autismusforschung (IFA). É Diretor Geral do Instituto Nacional de Pós-Graduação e Eventos Acadêmicos (INAPEA).

Datas especiais

A primeira edição do programa será realizada em 20 de dezembro, Dia Estadual dos Profissionais e Voluntários das APAEs, Associações de Pais e Amigos do Autista - AMAs, Associação dos Pais e Amigos dos Surdos - APAS e das demais instituições especializadas no atendimento à pessoa com deficiência. O mês de dezembro também é marcado por outras datas importantes do universo da educação especial, como o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3); Dia Nacional da Acessibilidade (5); Dia Estadual das APAEs e da Federação Catarinense das APAEs (11); e o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual (13).


Sobre a FCEE

Instituição de caráter beneficente, instrutivo e científico, dotada de personalidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, a FCEE tem a missão de definir e coordenar a política de educação especial do Estado de Santa Catarina, fomentando, produzindo e disseminando o conhecimento científico e tecnológico desta área.

Em seu campus, localizado em São José, na Grande Florianópolis, a FCEE conta com 10 Centros de Atendimento Especializado, que são espaços de estudos, discussões, atendimentos e pesquisas em suas respectivas áreas de atuação. A clientela dos Centros é composta por pessoas com atraso global do desenvolvimento, deficiência (visual, auditiva, intelectual, física e múltipla), transtorno do espectro autista, transtorno do déficit de atenção/hiperatividade e altas habilidades/superdotação.

Em todas as regiões do Estado de Santa Catarina, a FCEE mantém parcerias com instituições especializadas em educação especial para o atendimento pedagógico, beneficiando cerca de 30 mil educandos com deficiência. Os programas de parcerias incluem repasses financeiros para contratação direta de professores (MRD), para manutenção das atividades das APAEs e cedência de professores.

A FCEE é responsável ainda pela análise e autorização da implantação de serviços especializados em educação especial nas escolas da rede estadual de ensino (segundo professor de turma, professor bilíngue, professor intérprete, professor instrutor da LIBRAS e atendimento educacional especializado), a partir da parceria com a Secretaria de Estado da Educação, beneficiando cerca de 18 mil alunos.


Encerrando a temporada de 2021, a equipe de Bocha Paralímpica da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) conquistou o troféu de segundo lugar geral da modalidade na 16ª edição do Jogos Abertos Paradesportivos de SC-PARAJASC, realizado pelo governo de Santa Catarina, em Blumenau.

Na bocha paralímpica, os atletas são divididos em classes funcionais, e no grupo chamado BC3, que conta com atleta guia, a educanda Julia Pereira Marcelino conquistou medalha de ouro, enquanto o atleta Paulo Ricardo Pedroso ficou com o terceiro lugar. Também contribuindo para a classificação geral, na classe BC1, o prêmio de segundo lugar foi conquistado por Beatriz Chagas e a 4ª colocação ficou com Daniel Veras Silvestre.

A técnica da equipe que representou a delegação de Florianópolis na competição, a professora da FCEE Fabíola Spader, agradeceu a todos que contribuíram para que este resultado fosse alcançado. “De forma especial, agradeço à presidente da FCEE, Janice Krasniak, que não mede esforços para garantir o atendimento e treinamento no campus da Fundação, e a nossa participação em competições com transporte adaptado e cedência de profissionais. Além disso, parabenizo nossos atletas e comissão técnica pelo trabalho desenvolvido de forma incansável e com muito profissionalismo”, orgulha-se.

Cerca de mil atletas com deficiência física, auditiva, visual e intelectual de 32 municípios disputaram as modalidades de atletismo, bocha, bocha paralímpica, tênis de mesa, futsal, handebol em cadeira de rodas, judô, golbol, natação, ciclismo e xadrez na etapa estadual dos Parajasc, entre os dias 8 e 12 de dezembro.

 


Em reunião realizada nesta terça-feira, 14/12, com o secretário de Estado de Infraestrutura, Thiago Vieira, a presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Janice Krasniak, entregou o projeto de construção do centro de referência em Equoterapia que será realizado em parceria com o Regimento de Polícia Militar Montada de São José. A obra, que terá um custo de R$ 4 milhões, será licitada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina.

A planta do Centro de Equoterapia foi projetada pela empresa AM Construções por meio de uma parceria com a FCEE e o o Regimento de Polícia Militar Montada de São José.


Presidente da FCEE, Janice Krasniak, e secretário de estado da Saúde, André Motta, assinaram termo de cooperação para dar continuidade à cedência de médico oftalmologista no Serviço de Reabilitação Visual e Adaptação de Prótese Ocular da Fundação, único no estado.

Nesta semana, a presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Janice Krasniak, se reuniu com o Secretário de Estado da Saúde (SES) de SC, André Motta Ribeiro, para assinar o termo de cooperação entre os dois órgãos para operacionalização do Serviço de Reabilitação Visual e Adaptação de Prótese Ocular (SRV), único gratuito de Santa Catarina, que atende pacientes de todo o estado no campus da Fundação, em São José.

O SRV funciona nCentro de Apoio Pedagógico e Atendimento às Pessoas Deficientes Visuais (CAP) da FCEE e presta atendimento a deficientes visuais (cegos e baixa visão), com perdas ou atrofias oculares que residem no Estado de Santa Catarina e que, mediante avaliação médica, são elegíveis para o tratamento de reabilitação visual e adaptação de prótese ocular.

A parceria com a SES garante a cedência de médico oftalmologista, a partir de fevereiro de 2022, para dar continuidade à avaliação, acompanhamento e encaminhamento de mais de 450 pacientes atendidos no serviço”, explica o secretário André Motta.

O Serviço de Reabilitação Visual e Adaptação de Prótese Ocular (SRV/SAPRO) da FCEE já realizou mais de cinco mil atendimentos desde 2005, para todos os municípios do estado. Através da melhora da autoestima, podemos proporcionar qualidade de vida”, salienta a presidente da FCEE, Janice Krasniak.

Além de avaliar a acuidade e a função visual, os profissionais do SRV/FCEE realizam encaminhamento para tratamento/cirurgia ou para a prática de atividades profissionais, disponibilizando suporte e treinamento para a pessoa com essa deficiência desenvolver habilidades com os recursos oferecidos, frequentar a rede regular de ensino ou ser inserida no mercado de trabalho.

Mulher em ambiente interno, sentada tateando um livro em braile sobre uma mesa

A falta de informação reforça atitudes preconceituosas e a segregação social de pessoas com deficiência visual, alerta Fundação Catarinense de Educação Especial

 

O Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, comemorado em 13 de dezembro, tem como objetivo conscientizar a sociedade para questões importantes como preconceito e discriminação, além de reduzir o desconhecimento sobre pessoas com deficiência visual. Pessoas videntes, ou seja, aquelas que enxergam, acabam reforçando barreiras que vão muito além da falta de acessibilidade em espaços físicos. Muitas vezes, a falta de informação e de interação com pessoas com deficiência visual no dia a dia geram atitudes discriminatórias em relação a esse público, formado por 6,9 milhões de brasileiros.
As barreiras atitudinais são comportamentos que impedem ou dificultam a participação plena, a inclusão educacional, o exercício da cidadania e o empoderamento da pessoa com deficiência. Geralmente, estão presentes nos discursos pejorativos e, por isso, excludentes. Entretanto, não é só no discurso que o preconceito se faz presente. Na prática, o não dito também tem o poder de excluir. 

A pedagoga Josiane Cristina Becker, professora revisora de material em Braille na Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) que tem deficiência visual, dá um exemplo que ocorre com frequência ao sair acompanhada por uma pessoa que enxerga. “Às vezes eu entro em uma loja pra comprar um produto e o vendedor acaba se direcionando para a pessoa do meu lado, acaba mostrando para ela. As pessoas imaginam que somente porque você não enxerga, você não tem certas capacidades. Eu julgo uma das piores barreiras atitudinais e o porquê delas realmente é a falta de informação”, relata. 

Desconhecer a potencialidade da pessoa com deficiência visual é uma das barreiras atitudinais mais comuns. Assumir que ela não interage ou deduzir que não faz compras, não trabalha ou não pode constituir família são outros exemplos de barreiras atitudinais. 

Josiane ressalta que é necessário que as pessoas busquem e disseminem informação de qualidade e, caso necessário, não tenham vergonha de perguntar. "Eu acho que as pessoas que têm o desconhecimento têm sim que perguntar e nós, pessoas com deficiência, também podemos auxiliar o outro. É uma via de mão dupla”, avalia. No ambiente de trabalho, essas situações também podem ocorrer, ainda que de formas diferentes. A pessoa com deficiência visual precisa de uma estrutura adaptada para trabalhar e nem sempre as empresas estão dispostas a ofertar os equipamentos necessários. “As empresas não querem passar por isso porque não é conveniente. Às vezes é um só funcionário, então acabam deixando essa pessoa de lado”, lamenta Josiane. 


Inclusão: muito mais do que cumprir cotas


No Brasil, as pessoas com deficiência são amparadas pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei federal n° 13.146/2015), destinada a assegurar o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais, visando à sua inclusão social e cidadania. No âmbito profissional, existe a política de cotas (Lei Federal  8.213/91 e Decreto 3.298/99), as quais destinam um percentual de reserva de vagas em instituições com 100 ou mais funcionários para pessoas com deficiência. A Lei Federal 7.853/89, regulamentada por esse mesmo decreto, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência e representa mais um avanço em termos de garantia de direitos. Contudo, apesar dos avanços na legislação, seu cumprimento possibilita a inserção das pessoas com deficiência nos ambientes, mas não garante a inclusão em si. A inclusão depende da disposição da sociedade em contemplar as necessidades de seus indivíduos e de buscar informação para reformular valores. 

 Por essa razão, os professores do Centro de Educação e Trabalho (CENET) da Fundação realizam um trabalho de conscientização em instituições, por meio de palestras e rodas de conversa.  Segundo Neide Maria de Souza, professora do Serviço de Colocação no Mercado de Trabalho, muitas empresas ainda têm a impressão negativa “de que é só mais uma contratação para fins de cumprimento de cotas.” “É por isso que uma das nossas ações também é mostrar para a empresa que é mais um funcionário que ela vai ter, mais um para contribuir”, explica.  

Muitas pessoas com deficiência visual ao entrarem no mercado de trabalho podem enfrentar essa realidade. São indivíduos qualificados que não conseguem exercer suas funções por conta do capacitismo. “Geralmente são oferecidos empregos do mais baixo escalão, com os salários mais baixos. Tem que se batalhar muito para conseguir subir e ter uma carreira melhor. Isso é fato”, afirma Marcelo Lofi, pedagogo com deficiência visual que trabalha no Centro de Apoio Pedagógico e Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual da FCEE. 


“É mais difícil mudar a essência do ser humano do que mudar uma calçada”


Os dados mais recentes revelam que, no Brasil, são 6,9 milhões de pessoas com deficiência visual, o equivalente a 3,4% da população, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2019 pelo IBGE. O preconceito impede que essas pessoas sejam consideradas capazes de executar toda a gama de atividades que faz parte do cotidiano – deslocar-se com independência, cuidar-se e vestir-se com adequação, alimentar-se, interagir socialmente de forma prática e adequada, competir no mercado de trabalho e exercer seu papel de cidadão que conta com o respeito da sociedade e é aceito.

Historicamente, a atitude das pessoas diante das semelhanças ou diferenças resulta na construção e manutenção de um padrão. Pessoas fora desse padrão são condicionadas a permanecerem em um espaço social diferente e geralmente são tratadas com descaso ou até mesmo violência. As barreiras atitudinais, erguidas pela sociedade, podem ser mais difíceis de serem reconhecidas e, infelizmente, de serem derrubadas. “É mais difícil você mudar a essência do ser humano do que você mudar uma calçada”, reforça Marcelo Lofi.

Quanto mais obstáculos, principalmente em relação às atitudes, mais difícil será a inclusão da pessoa nos diversos ambientes sociais. Por esse motivo, é preciso pensar na inclusão em todos os momentos. Ao planejar um evento, fazer uma publicação nas redes sociais, abrir um restaurante ou uma loja, por exemplo. Marcilene Aparecida Alberton Ghisi, professora na Associação Catarinense para Integração do Cego (ACIC), argumenta que a visão capacitista da sociedade será transformada quando alterar-se a concepção de deficiência como sinônimo de incapacidade. “Quando se compreender que a deficiência é uma característica, um jeito de estar no mundo, teremos um divisor de águas”, reforça Marcilene.

É por isso que pessoas videntes devem buscar informação para compreender que pessoas com deficiência visual possuem capacidade nas mais diversas áreas, assim como qualquer um. Compreender que a diferença é o que faz cada pessoa única é um passo necessário para uma mudança não só de ações, mas principalmente de valores. Marcilene enfatiza: “quanto mais as pessoas experimentarem o entendimento de que ser diferente é algo positivo, intrínseco ao ser humano, teremos um mundo com mais pontes e menos muros”. 

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