Teve início nesta quarta-feira (08/12), no campus da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), em São José, mais um mutirão de atendimento para entrega e moldagem de próteses oculares para cerca de 130 pacientes de todo o estado. O serviço é o único gratuito existente em Santa Catarina.

O uso de próteses oculares é indicado para pessoas que tiveram algum trauma, doença ou nasceram com alguma anomalia que modificou a aparência do globo ocular ou precisaram fazer a retirada total ou parte dele. Um dos principais objetivos das próteses é recuperar o volume orbitário prevenindo o colapso e a deformidade palpebral, preservando a simetria e estética facial, melhorando de forma significativa a autoestima do usuário, além de proteger a cavidade ocular contra possíveis agentes externos.

“O Serviço de Reabilitação Visual e Adaptação de Prótese Ocular (SRV/SAPRO) da FCEE, único gratuito do estado, já realizou mais de cinco mil atendimentos desde 2005, para todos os municípios de Santa Catarina. Através da melhora da autoestima, podemos proporcionar qualidade de vida”, salienta a presidente da FCEE, Janice Krasniak.

“A entrega das próteses é realizada em etapas, já que o produto de resina acrílica é feito sob medida, de acordo com a anatomia da cavidade ocular e a estética do outro olho. Também é necessário um acompanhamento anual para avaliação, polimento ou troca”, explica a optometrista Mariana Mattos, responsável pela Adaptação de Próteses Oculares.

Entre os pacientes atendidos nesta quarta-feira, está o menino Cristian Vanzuita, de três anos, filho de deficientes visuais, que perdeu a visão devido a um retinoblastoma, um câncer ocular que também causou a perda de visão de sua mãe. O pai do garoto, Elvis Vanzuita, explica que a família veio de Blumenau para o filho receber a prótese gratuita. “Eu já fiz a moldagem e hoje trouxe meu filho para a confecção da prótese. Minha esposa também usa o protótipo, desde os dois anos, mas fazia em São Paulo. Nossa família inteira necessita desse serviço, por isso é muito bom poder contar com o atendimento aqui no estado”, declarou.

O Serviço de Reabilitação Visual e Adaptação de Prótese Ocular (SRV/SAPRO) da FCEE presta atendimento a pessoas com deficiência visual, perdas ou atrofias oculares, residentes em Santa Catarina e que, mediante avaliação médica, são elegíveis para reabilitação visual ou adaptação de prótese ocular no Centro de Apoio Pedagógico e Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) da FCEE, onde também é feito o encaminhamento para tratamento/cirurgia ou para o mercado de trabalho. Profissionais do SRV/FCEE avaliam a acuidade e a função visual, disponibilizando suporte e treinamento para a pessoa com essa deficiência desenvolver habilidades com os recursos oferecidos, frequentar a rede regular de ensino ou ser inserida no mercado de trabalho.

O mutirão segue nesta quinta-feira (09/12) com atendimentos pré agendados e divididos por turnos, para evitar aglomeração. Mais informações no link https://www.fcee.sc.gov.br/index.php/informacoes/servicos-fcee/servico-de-reabilitacao-visual-e-adaptacao-de-protese-ocular-srv

 

 

 


A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) foi uma das instituições homenageadas na última sexta-feira, 03/12, durante evento de comemoração dos 51 anos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Tijucas.

A presidente Janice Krasniak recebeu a homenagem das mãos do presidente da associação, Manoel Amadeu Moisés, o seu Maneca. Também foram homenageadas personalidades, empresas e instituições que colaboram e são parceiros da Apae.

“Parabenizamos a todos que fizeram e fazem parte da construção da história da Apae de Tijucas”, declarou a presidente Janice Krasniak.
Em maio deste ano, a Apae inaugurou um Centro de Equoterapia. Em agosto foi iniciada a construção de um novo espaço, e em setembro o Governo do Estado, através da FCEE, autorizou o repasse de novos recursos para auxiliar na execução dos projetos, que vão permitir dobrar a capacidade de atendimento da instituição e reduzir a lista de espera.
03 de dezembro dia nacional da acessibilidade
Pessoas com deficiência encontram inúmeras barreiras para acessar informações e outros recursos que a internet oferece. 


A acessibilidade é o direito que garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social, seja em ambientes físicos ou digitais. Mesmo com a Lei Brasileira de Inclusão (disponível no site do Planalto: Lei nº 13.146/2015), conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, ainda há um longo caminho a ser percorrido quando se trata de acessibilidade na web.

Neste Dia Nacional da Acessibilidade, celebrado em 5 de dezembro, a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) reforça a importância da acessibilidade digital para a promoção da inclusão social das pessoas com deficiência, que totalizam, atualmente, 17,9 milhões de brasileiros, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE, realizada em 2019 e divulgada este ano. O total equivale a 8,4% da população atual estimada do país, considerando pessoas acima dos dois anos de idade. Em Santa Catarina, há em torno de 530 mil pessoas com deficiência (7,5% da população), de acordo com a PNS/IBGE.

Pesquisar uma dúvida na internet ou ler um artigo em um site pode parecer simples, mas para essa população esse caminho é longo e cheio de obstáculos. São milhões de pessoas que ao entrarem na internet e chegarem a um conteúdo, se deparam com um novo desafio: acessá-lo. Para eles, muito pouco é comunicado por sites de empresas, blogs ou instituições.

Além da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que determina que todos os sites brasileiros devem ser acessíveis, a Lei n° 12.527/2011 garante o acesso à informação para todos cidadãos. Para tanto, seu formato deve atender a demanda e necessidade de cada sujeito.

Manual de acessibilidade digital
A bibliotecária da FCEE e mestre em Gestão de Unidades de Informação, Paula Sanhudo, ressalta que as instituições precisam compreender quem é esse público, conhecer a legislação e traçar estratégias junto aos colaboradores para tornarem acessível todo o seu conteúdo digital. “As pessoas não têm noção de como isso pode e deve ser feito. Há pessoas do outro lado que precisam de um recurso de acessibilidade para ter acesso à informação. Assegurar a questão da autonomia do cidadão e do acesso à informação é obrigação de toda instituição. Seja ela pública ou privada”, salienta.

Paula é uma das profissionais envolvidas na produção do manual “Como tornar acessível um documento digital” que está sendo desenvolvido pela FCEE. A publicação deverá ser lançada em 2022, no formato e-book, com o objetivo de orientar as atividades e a produção de documentos para o público da Educação Especial. “A proposta do e-book é realmente orientar os servidores da Fundação, mas, também, conscientizar a comunidade externa da importância em tornar acessível qualquer conteúdo digital”, explica.

Tecnologia a serviço da inclusão
Com a evolução da tecnologia, é possível democratizar o acesso à conteúdos digitais. Sergio de Castro, pedagogo e Articulador da Sala de Tecnologia do Centro de Tecnologia Assistiva (CETEP) da FCEE, explica que os recursos de acessibilidade digital são aqueles que possibilitam o acesso aos conteúdos disponibilizados na rede por meio de algumas ferramentas. Dentre eles, destacam-se a audiodescrição de imagens e os facilitadores de acesso para pessoas com deficiência visual e/ou mobilidade reduzida e a interpretação em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para pessoas com deficiência auditiva.

A Tecnologia Assistiva (TA) é uma área do conhecimento interdisciplinar, que tem como objetivo promover a funcionalidade da pessoa com deficiência e produzir recursos para que consigam realizar as mais variadas atividades e participar de todos os âmbitos da sociedade. Tendo ciência que cada pessoa tem suas singularidades, a interação com o meio digital depende do tipo de deficiência e das especificidades de cada um. Há aqueles que não precisam de acessibilidade, no entanto, há outros que necessitam de recursos de Tecnologia Assistiva que promovam acesso ao conteúdo e ao mundo digital.

Para a terapeuta ocupacional Ana Carolina Rodrigues Savall, coordenadora do CETEP na Fundação, esses recursos só estão disponíveis hoje pois existem pessoas que pensam em sistemas de forma inclusiva. “Partimos, principalmente, de uma mudança de paradigma, de pensarmos não como uma sociedade padrão, onde temos que fazer com que as pessoas com deficiência se adaptem a ela, mas passar a pensar numa sociedade para todos”, reforça. Assim, é possível alcançar cada vez mais um público diversificado, voraz por informação ágil, confiável e objetiva.

Barreiras atitudinais
Servidora da FCEE, a pedagoga Josiane Cristina Becker Schllosser é uma pessoa com deficiência visual que atesta a importância desta questão. “A pessoa com deficiência gosta de se informar, acessar um jornal, uma revista, gosta de ler reportagens. Eu, por exemplo, gosto muito de comprar pela internet”, afirma Josiane, que trabalha desde 2014 como professora revisora de materiais em Braille na FCEE. Para ela, o maior entrave continua sendo a mentalidade das pessoas. São as chamadas barreiras atitudinais, formas de pensar que têm relação com o capacitismo, o estigma e preconceito contra pessoas com deficiência.

No caso da acessibilidade digital, essas atitudes excludentes limitam o desenvolvimento de sites e conteúdos digitais voltados para um único padrão de pessoa, sem diversidade funcional e sensorial. Josiane acredita que a barreira atitudinal tem origem na falta de informação. “O que precisamos, realmente, é quebrar um pouco dessas barreiras atitudinais, essa maneira de pensar de que a pessoa com deficiência não consegue. É bem importante que as pessoas procurem informação porque a informação existe e a internet está aí para auxiliar”, destaca.

A disseminação da acessibilidade digital depende da conscientização dos envolvidos no processo, tanto do usuário quanto dos responsáveis pelos sites e empresas. Criar essa consciência é fundamental para a conquista de uma maior acessibilidade na web e para que todas as leis e direitos das pessoas com deficiência sejam respeitados.

Como aplicar a acessibilidade digital?
Para criar conteúdos cada vez mais inclusivos, é preciso considerar que as pessoas acessam as informações por diferentes canais sensoriais, seja por conta de uma deficiência sensorial (como a visual e a auditiva), física ou intelectual. Para atender as necessidades desses diferentes públicos e ainda tornar a comunicação mais imersiva, a comunicação multissensorial é uma ótima solução. Vídeos com legendas, textos com áudios e imagens com descrições são alguns exemplos de combinações. Quanto mais sentidos envolvidos, mais acessível.

Confira algumas dicas de acessibilidade digital:
  • * Todo conteúdo digital não textual (fotos, ilustrações, tabelas, gráficos, gifs e vídeos) deve conter descrição da imagem, chamado de Texto Alternativo.
  • * Na descrição de imagens, segue-se uma fórmula: o que/quem + onde + como + faz o quê + como + quando + de onde. A fórmula simplificada: formato + sujeito + paisagem + contexto + ação.
  • * Redes sociais, como o Facebook e Instagram, contam com alguns recursos automáticos para acessibilidade e têm páginas e fóruns específicos sobre o tema para esclarecer dúvidas e anunciar novidades.
  • Todo conteúdo em vídeo com texto falado deve possuir versão legendada (para surdos alfabetizados em português);
  • * Além das legendas, é crucial que o conteúdo (textos, vídeos e áudios) tenha, também, janela de LIBRAS (com avatar digital ou tradutor-intérprete), para surdos não oralizados;
  • * Conteúdos em áudio (como podcasts) também devem ter transcrição em texto;
  • * No caso de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo, as informações precisam ser claras e objetivas, eliminando-se possíveis distratores, informações desnecessárias e utilização de metáforas.
  • * O tamanho das letras devem possibilitar fácil leitura.
  • * As cores devem seguir regras de contraste que contribuem para a identificação dos elementos.
  • * Imagens com textos (folders, cards etc) devem ser compartilhados em aplicativos de conversas, preferencialmente, no formato PDF, e não JPG ou PNG. Isso porque o PDF é compatível com os leitores de tela.
  • Na dúvida, pesquise!


Durante a viagem, foi entregue oficialmente
um micro-ônibus adaptado para a Apae de Quilombo

No último fim de semana, a presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Janice Krasniak, esteve na região Oeste do estado juntamente ao gerente financeiro da Fundação, Jean Cruz, e da assessora Danielle Pereira, para visitar diversas instituições especializadas em Educação Especial da região, como o Conselho das Apaes da Região do Vale do Uruguai, Conselho das Apaes da Regional Oeste, APAES de São Miguel do Oeste, Xanxerê e Quilombo.

O objetivo da viagem foi, principalmente, aproximar as entidades parceiras ao governo do estado por meio de orientações técnicas para projetos de captação de recursos, como o SC + Inclusiva, um investimento histórico de mais de R$ 250 milhões que beneficia 25 mil pessoas com deficiência em 250 instituições especializadas em Educação Especial do estado. Durante as visitas, a FCEE também apresentou o Modelo de Repasse Direto (MRD), no qual as instituições conveniadas recebem recursos do Governo para contratar profissionais especializados, substituindo a cedência de professores.

“Foram dias produtivos e de troca de informações. Entregamos, oficialmente, em nome do Governador Carlos Moisés, um micro-ônibus adaptado para a Apae de Quilombo através do Programa SC+Inclusiva. Sanamos dúvidas, principalmente burocráticas sobre documentação de projetos e emendas, e apresentamos o Modelo de Repasse Direto (MRD), ao qual muitas instituições já aderiram para o recebimento de verbas para a contratação de profissionais”, explicou a presidente da FCEE, Janice Krasniak.

 

O presidente da Apae de Quilombo, Ademir Meira Sagas, se sente representado pela FCEE no estado. “Essa gestão é bem próxima à Federação das Apaes de Santa Catarina (FEAPAES) e ao governo estadual, e está atuando fortemente por nós, instituições, e pelos educandos. É a primeira vez que somos visitados pela Fundação, que nos apoia no atendimento de 154 pessoas com deficiência de cinco municípios diferentes. Com a reforma, o micro-ônibus adaptado, a aquisição de equipamentos tecnológicos e o MRD, vamos qualificar muito o nosso espaço, os professores e, consequentemente, o atendimento. Nosso agradecimento em nome de cada aluno e de cada profissional que atua na escola por tudo que estamos recebendo. Está sendo um marco histórico para a Apae de Quilombo, uma atenção nunca recebida, estamos muitos felizes e gratos”, concluiu.

 

Uma mulher em pé com microfone, ambiente interno, mesa com toalha, duas mulheres sentadas
Especialistas da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) participaram nesta semana, entre os dias 01º e 02 de dezembro, de uma formação sobre Educação Especial para profissionais das Coordenadorias Regionais de Educação (CRE), vinculadas à Secretaria de Estado da Educação (SED). A formação tinha como objetivo prestar orientações sobre os serviços de educação especial oferecidos nas escolas estaduais para o ano de 2022.

“A capacitação continuada e especializada é importante para manter a qualidade dos serviços educacionais prestados às pessoas com deficiência na rede regular de ensino”, explicou a presidente da FCEE, Janice Krasniak.

A qualificação ocorreu no Hotel Golden, em São José, e contou com palestras sobre o processo de inclusão dos alunos na rede estadual, abordando temas como o Papel dos Centros de Atendimento Educacional Especializado, Laudos Diagnósticos, Funcionalidade Humana, Acessibilidade, Educação Bilíngue, orientações específicas para os serviços de educação especiais nas áreas de Deficiência Visual, Altas Habilidades, Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.
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