Foto de um auditório com várias mesas redondas e pessoas sentadas no entorno. O público assiste a uma aula. A professora aparece no fundo da imagem, em pé, ao lado do telão de slides.
O Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS) da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) promoveu esta semana o curso presencial “Atendimento Educacional Especializado na área das Altas Habilidades/Superdotação: Conceitos Básicos, Estrutura e Funcionamento”. A capacitação foi realizada nos dias 5 e 6 de abril no Hotel Golden, em São José, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SED).

“O objetivo principal foi capacitar professores e formar agentes multiplicadores de conhecimento sobre Atendimento Educacional Especializado de Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD)”, explica Andreia Roselia Alves Panchiniak, coordenadora do NAAHS/FCEE. Com aulas ministradas pela equipe do NAAHS, o curso contou com a presença de mais de 100 professores de todos os 27 polos de Atendimento Educacional Especializado (AEE) de AH/SD em seus dois dias de realização.

Para Dayani Machiavelli, assistente técnico-pedagógica do polo Dionísio Cerqueira, a realização de eventos como esse é crucial pela possibilidade de tirar dúvidas e ampliar o conhecimento sobre a temática, permitindo a continuidade com qualidade do trabalho de orientação e identificação de estudantes com AH/SD.

A dificuldade na identificação de alunos com AH/SD nas escolas é apontada pela professora assessora do polo Rio do Sul, Franciane Padilha. Para ela, iniciativas como a capacitação do NAAHS servem para dar base e incentivar a troca com outros membros da comunidade de atendimento educacional especializado. “Os profissionais retornam renovados para os polos com novas ideias, com dúvidas tiradas e parcerias formadas”, avalia.

“A constante necessidade de aprimoramento dos profissionais dos polos de AEE de AH/SD torna cursos como esses, essenciais, pois os especialistas são referência para professores de variadas áreas do conhecimento, equipes gestoras, pais e suas comunidades”, reforça a coordenadora de Educação Especial da SED, Tania Fiorini.

No estado de Santa Catarina, os alunos em idade escolar com indicativos de Altas Habilidades/Superdotação têm direito a atendimento educacional especializado buscando minimizar as diferenças de estilo e ritmo de aprendizagem. Desde 2014 a FCEE realiza o trabalho pioneiro de descentralização do atendimento nesta área da educação especial com a implantação de 27 polos de Atendimento Educacional Especializado em Altas Habilidades/Superdotação na rede estadual de ensino.
Oito pessoas posam para foto. Duas pessoas com deficiência física, usuárias de cadeiras de rodas, e todos usando camisetas brancas com a logo da Fundação Catarinense de Educação Especial
Após dois anos de pausa em função da pandemia, o Circuito Catarinense de Bocha Paralímpica teve sua primeira etapa realizada na última semana, em Itajaí. A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) participou da comissão técnica e com uma equipe de atletas. E já conquistou medalhas.

Na bocha paralímpica, os atletas são divididos em classes funcionais. Na classe BC1, a atleta Beatriz Chagas e sua assistente desportiva, Francielli Rezende, garantiram medalha de ouro, enquanto a atleta Julia Pereira Marcelino da classe BC3 e sua operadora de rampa, Maria Pereira Marcelino, conquistaram a medalha de prata. O atleta Cleverson Machado da classe BC4 ficou entre os cinco primeiros colocados na competição.

A técnica da equipe, Fabíola Spader, comenta que os próximos desafios do grupo são os Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), realizados no mês de maio e a Seletiva Sul (Ande) em junho. Para ela, é importante seguir com determinação e foco nos treinos e continuar se preparando para os próximos eventos.

A equipe de Bocha Paralímpica da FCEE possui um histórico de conquistas. No ano de 2021, garantiu o troféu de segundo lugar geral da modalidade na 16ª edição do Parajasc.

capa lancamento autismo FCEEO site centraliza principais conteúdos relacionadas ao Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)

Às vésperas do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado em 2 de abril, a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) apresenta o Portal do Autismo de Santa Catarina, uma iniciativa inédita e importante para qualificação do atendimento educacional das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em Santa Catarina. O objetivo é ampliar a inclusão e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos educandos e suas famílias.

No endereço autismo.fcee.sc.gov.br estarão centralizadas as principais informações relacionadas ao Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e conteúdos relevantes para contribuir para a ampliação e a disseminação do conhecimento a respeito do autismo. Com ele, é possível difundir os direitos e promover a inclusão da pessoa com autismo, combater a discriminação, qualificar o atendimento à pessoa com TEA e os métodos de ensino e aprendizagem com vistas ao desenvolvimento e a autonomia desse indivíduo.

No portal, o público encontrará informações sobre autismo - níveis, dados, leis e direitos; diagnóstico - sinais, comportamentos, comunicação social; ensino e aprendizagem – intervenção precoce, métodos e estratégias de ensino, terapias, papel da família; mercado de trabalho – preparação para o mercado, oportunidades de trabalho; dúvidas frequentes; notícias relacionadas; e dicas de filmes, livros, sites e publicações técnicas sobre o tema. No portal estarão em destaque, também, informações para obtenção da Carteira do Autista e sobre como acessar o atendimento especializado, tanto na FCEE como nas instituições credenciadas.

O Portal do Autismo, que está em constante atualização e permite sugestões na “Enquete”, é um dos projetos originados da parceria técnico-científica firmada pela FCEE com a FAPEU/UFSC.


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno ligado ao neurodesenvolvimento, caracterizado por alterações na comunicação social e no comportamento. Pessoas neurodiversas veem e sentem o mundo de uma forma diferente do que pessoas neurotípicas, mas isso não quer dizer que sejam menos capazes. Elas só precisam de outras formas de estímulo para interagirem e aprenderem, com o apoio de uma equipe multidisciplinar, incluindo a família.

Neste Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo – comemorado em 2 de abril – a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) destaca a importância da intervenção precoce para o desenvolvimento da pessoa com TEA e a melhora da qualidade de vida das famílias. “A intervenção precoce como um dos serviços mais importantes no TEA. O diagnóstico precisa ser feito o quanto antes e as políticas públicas precisam se voltar para o serviço de intervenção precoce porque ele muda a vida desse sujeito, muda a vida dos seus familiares e muda toda a sociedade”, enfatiza a pedagoga Mariele Finatto, coordenadora do Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (CETEA) da FCEE.

Esse serviço é oferecido para crianças de 0 a 6 anos, e é considerado padrão ouro pela Sociedade Brasileira de Pediatria. “Quando a intervenção precoce é feita de maneira intensiva, quando é feita com base em práticas baseada em evidências, quando é composta por equipe multidisciplinar, ela causa nas pessoas com autismo uma diminuição das características do transtorno. Isso visa, nestas pessoas, um melhor prognóstico”, destaca Mariele.

Mariele é uma das organizadoras das Diretrizes dos Centros de Atendimento Educacional Especializado do Estado de Santa Catarina: Transtorno do Espectro Autista - publicação inédita lançada pela FCEE esta semana. “Este é um caderno que as instituições parceiras precisam ter como base de intervenção. A gente tem ali as práticas que precisam ser utilizadas, as melhores estratégias que a ciência traz para intervenção, tendo sempre como foco esse propósito que é melhorar a qualidade de vida dos educandos e de suas famílias”, explica. A publicação está disponível para download na seção Publicações do site da FCEE e também no Portal do Autismo de Santa Catarina – outra iniciativa inédita lançada esta semana pela FCEE.

Treinamento de Pais
No CETEA/FCEE, o serviço de intervenção precoce tem duas grandes frentes: a intervenção com a criança, que é atendida em grupos de até 4 educandos, duas vezes por semana; e, em paralelo, o Treinamento de Pais. “Dentro da nossa proposta, enquanto instituição, esses pais precisam ser instrumentalizados. Enquanto as crianças estão em atendimento, esses pais estão com outros profissionais discutindo sobre os desafios que enfrentam com seus filhos, recebendo programas de intervenção para realizar em casa”, detalha Mariele.

Segundo ela, a família é acolhida e o treinamento possibilita a continuidade do trabalho realizado com a criança. “E dá a elas a possibilidade de que o que a gente trabalha aqui dentro seja reflexo lá fora, para que esses comportamentos sejam generalizados e para que a qualidade de vida dessas famílias também seja modificada. Esse é um dos nossos maiores objetivos – melhorar a qualidade de vida de todos – da realidade desse sujeito e também desses desafios que as famílias enfrentam”, pontua a pedagoga.

A família é tratada como coterapeuta nesse processo. “Ela tem que participar, tem que estar envolvida, tem que ser acolhida, tem que ser instrumentalizada. E quando vemos esse trabalho sendo articulado a partir do treinamento de pais, a gente vê um avanço muito maior nas nossas crianças”, afirma.
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