Conjunto de elementos interligados é um dos únicos no país e permite a produção digital de assentos e encostos de cadeiras de rodas para adequação postural de pessoas com comprometimento físico.
Nesta semana, a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) recebeu um sistema adquirido para a produção de assentos e encostos de cadeiras de rodas para a adequação postural de educandos com deformidades ósseas.
Um dos únicos no Brasil e pioneiro em Santa Catarina, o complexo possui Comando Numérico Computadorizado – CNC, que controla digitalmente vários eixos de uma máquina de usinagem, que talha materiais brutos como espuma para evitar a piora da condição óssea comprometida e oferece mais conforto à pessoa com deficiência.
“Com essa estrutura, que conta com o equipamento, as espumas, a cadeira avaliadora para modelagem, a tecnologia do software e do scanner, é possível a confecção de peças complexas, seriadas e de grande precisão com redução do número de erros e do tempo de produção”, explica Ana Carolina Savall, coordenadora do Centro de Tecnologia Assistiva da FCEE - CETEP, que complementa: “A próxima etapa é a capacitação dos profissionais que vão operar o sistema, prevista para os dias 28 e 29 de março, para posterior implantação do serviço, que vai iniciar em caráter experimental com nove pessoas”, conclui.
A presidente da FCEE, Janice Krasniak, lembra que a aquisição representa uma melhora significativa na qualidade de vida das pessoas com deficiência física. “Somos uma das poucas instituições públicas do país com sistema de adequação postural via fabricação digital como este. Somente no campus da FCEE, são mais de 60 pessoas com esse tipo de comprometimento e, posteriormente, pretendemos estender o serviço aos educandos atendidos na rede conveniada conosco”, orgulha-se Krasniak.
Nas ocasiões foram realizadas assessorias especializadas e autorizações de repasses para a Educação Especial.
Nesta última semana, entre os dias 7 e 12 de março, a presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Janice Krasniak, cumpriu roteiro de viagem em instituições especializadas da Região Oeste de Santa Catarina para autorizar formalmente o repasse de recursos para obras e aquisições, enquanto uma equipe técnica da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE) da FCEE realizou visitas técnicas em outras entidades conveniadas da região para prestar assessorias especializadas.
Somente no Centro Associativo de Atividades Psicofísicas Patrick (CAPP) de Chapecó, a presidente da FCEE assinou um Termo de Cooperação no valor de R$ 1,5 milhão para conclusão da construção da nova sede.
“Foram dias produtivos e de troca de informações. Entregamos, oficialmente, em nome do Governador Carlos Moisés, a autorização de fomento para obras e aquisições pelo Programa SC+Inclusiva. Sanamos dúvidas, principalmente burocráticas sobre documentação de projetos e emendas, e sobre o Modelo de Repasse Direto (MRD), ao qual muitas instituições já aderiram para o recebimento de verbas para a contratação de profissionais”, explicou a presidente da FCEE, Janice Krasniak.
Já a programação de assistências do primeiro semestre ainda prevê o atendimento presencial a 85 instituições especializadas em educação especial credenciadas com a FCEE em várias regiões do estado, como Apaes, Associações de Amigos do Autista (Amas) e Associações de Surdos, Deficientes Físicos e Visuais.
A diretora da DEPE, Jeane Leite, ficou satisfeita com o retorno positivo recebido pelas entidades nos municípios visitados. “Apesar de muito trabalho e desafios, tivemos todo conforto necessário para cumprir nossa meta. Essa a troca entre as equipes é extremamente importante para o pleno funcionamento da engrenagem. Foi o início de um grande mutirão que será realizado este ano.”, orgulha-se.
Assessorias em números
Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, somente no ano passado a FCEE assessorou mais de 1600 profissionais em aproximadamente 300 serviços solicitados. Foram 48 capacitações ofertadas ao longo do ano, além de 30 lives no canal da FCEE no YouTube que reuniram cerca de 30 mil participantes.
A complexidade do gerenciamento e as ferramentas e estratégias disponíveis para aumentar a eficiência da gestão estarão em debate no programa da FCEE, que vai ao ar no dia 10 de março
“A Educação Especial não se faz com dinheiro; se faz com pessoas. A maior dificuldade nem sempre são os recursos, mas a gestão deles”. A afirmação é de Jean Nilso da Cruz, Gerente de Administração, Finanças e Contabilidade da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), referindo-se a recursos humanos e financeiros. Servidor da FCEE há dez anos, Jean acompanha de perto as dificuldades enfrentadas pelas organizações privadas sem fins lucrativos credenciadas à FCEE. “Quando o gestor não tem informação, a entidade ‘paga mais caro’. Cerca de 30% do custo mensal de uma entidade poderia ser abonado a partir de um gerenciamento eficiente, considerando os benefícios legais existentes”, afirma Jean.
Na próxima edição do Programa Educação Especial em Foco, Jean Nilso da Cruz tratará da complexidade do gerenciamento e apresentará ferramentas e estratégias que contribuam para o aumento da eficiência da gestão das organizações sem fins lucrativos. Com mediação do jornalista Pedro Paulo Moreira, o programa será exibido no dia 10 de março, às 19h, pelo Canal da FCEE no YouTube, e pelas redes sociais da Fundação.
Ao todo, são 247 instituições especializadas em educação especial para o atendimento pedagógico credenciadas à FCEE, entre APAEs, Associações de Amigos do Autista (AMAs) e instituições voltadas a cegos e surdos. Juntas, elas somam 10 mil colaboradores ativos, atendem cerca de 32 mil famílias de pessoas com deficiência em todo o Estado e, somente na área da Educação, movimentam recursos da ordem de R$ 270 milhões, considerando os repasses da FCEE para contratação de pessoas, custeio e manutenção, infraestrutura e investimentos.
“Essas instituições também atuam nas áreas da Saúde e da Assistência Social e administram ainda mais recursos de diversos convênios firmados nas diferentes esferas – municipal, estadual e federal – além de recursos próprios, advindos de ações e doações”, complementa Jean, formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especializado em Gestão Pública. Segundo ele, a maior dificuldade das instituições está na identificação de profissionais qualificados para atuarem na gestão. “Elas têm que formar pessoal dentro da própria entidade, conforme a realidade do local e as demandas específicas”, diz.
Capacitação e tecnologia
O gerenciamento administrativo e financeiro é fundamental para garantir sustentabilidade às instituições. E manter-se constantemente atualizado em relação à legislação do setor e em dia com as contas é primordial para não perder oportunidades. “Há instituições que não são habilitadas para receberem recursos financeiros de algum determinado programa por estarem inadimplentes com a conta de luz. E outras não sabem que poderiam solicitar isenção de taxas e tratamento tributário diferenciado”, exemplifica.
Dentre as oportunidades está a CEBAS - Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social na área da Educação expedida pelo Ministério da Educação. As entidades detentoras, em contrapartida à concessão de bolsas de estudo, podem desfrutar de isenção do pagamento das contribuições sociais incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos seus empregados e trabalhadores avulsos, como também receber transferências de recursos governamentais a título de subvenções sociais, nos termos do art. 30 da Lei nº 12.465, de 12 de agosto de 2011 (Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO). Este é um dos documentos exigidos pela Receita Federal para que as entidades privadas gozem da isenção da cota patronal das contribuições.
Para Jean, além de investir na capacitação e qualificação de profissionais para atuarem no gerenciamento da instituição, em sintonia com a realidade, demandas e necessidades do dia a dia, a entidade deve também apostar nas ferramentas tecnológicas disponíveis. “Os sistemas de informação são bastante desenvolvidos, com softwares específicos que contribuem para tornar os processos mais simples, transparentes e eficientes. É preciso formar pessoas e dar ferramentas para elas”, afirma.
Sobre o programa
O programa Educação Especial em Foco é uma iniciativa da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), produzida a partir da parceria técnico-científica firmada em setembro de 2021 entre a FCEE e a FAPEU – Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária/UFSC nas áreas de produção do conhecimento, desenvolvimento de tecnologias assistivas, formação continuada e capacitação em EaD, comunicação e apoio a projetos especiais.
Sobre a FCEE
Instituição de caráter beneficente, instrutivo e científico, dotada de personalidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, a FCEE foi fundada em 1968 com a missão de definir e coordenar a política de educação especial do Estado de Santa Catarina, fomentando, produzindo e disseminando o conhecimento científico e tecnológico desta área.
Em seu campus, localizado em São José, na Grande Florianópolis, a FCEE conta com 10 Centros de Atendimento Especializado, que são espaços de estudos, discussões, atendimentos e pesquisas em suas respectivas áreas de atuação. A clientela dos Centros é composta por pessoas com atraso global do desenvolvimento, deficiência (visual, auditiva, intelectual, física e múltipla), transtorno do espectro autista, transtorno do déficit de atenção/hiperatividade e altas habilidades/superdotação.
Em todas as regiões do Estado de Santa Catarina, a FCEE mantém parcerias com instituições especializadas em educação especial para o atendimento pedagógico, beneficiando cerca de 30 mil educandos com deficiência. Os programas de parcerias incluem repasses financeiros para contratação direta de professores (MRD), para manutenção das atividades das APAEs e cedência de professores.
A FCEE é responsável ainda pela análise e autorização da implantação de serviços especializados em educação especial nas escolas da rede estadual de ensino (segundo professor de turma, professor bilíngue, professor intérprete, professor instrutor da LIBRAS e atendimento educacional especializado), a partir da parceria com a Secretaria de Estado da Educação, beneficiando cerca de 18 mil alunos.
INSTITUCIONAL
INFORMAÇÕES
Benefícios para Pessoas com Deficiência
Verificar Validade de Certificados
COMUNICAÇÃO
CONTATO
Desenvolvimento: | Gestão do Conteúdo: FCEE | Acesso restrito