Foto de Josiane Becker escrevendo com a máquina braile. Ela está em uma sala com paredes de tijolinho brancas, sentada, com a máquina em cima de uma mesa de cor branca acinzentada. Josi é uma mulher branca, de cabelos castanhos com luzes na altura do ombro. Ela tem deficiência visual e está com os dois olhos fechados. Usa blusa com decote em V na cor vermelho escuro, unhas pintadas na mesma cor, brincos pequenos de argola dourada, colar com pingente dourado, máscara preta e crachá de identificação da FCEE.

O Dia Nacional do Sistema Braille, 08 de abril, serve como um lembrete sobre a importância da produção de publicações em relevo para garantir a igualdade de condições de aprendizagem a pessoas com deficiência visual.

O braille é um sistema de leitura e escrita tátil usado por pessoas com deficiência visual em todo o mundo. Com o desenvolvimento dos softwares leitores de tela, seu uso tem diminuído. Entretanto, por ensinar ortografia e pontuação, a educação em braille continua a ser importante para o desenvolvimento de habilidades de leitura entre crianças cegas ou com baixa visão.

Em 2021, a FCEE produziu 178 livros acessíveis nos formatos braille e digital falado ou ampliado, atendendo as necessidades de 29 alunos com deficiência visual matriculados em escolas públicas estaduais e municipais de Santa Catarina.

Na foto, a pedagoga Josiane Becker, do Centro de Apoio Pedagógico e Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) da FCEE, está escrevendo com a máquina braille. Josi faz parte da produção dos livros acessíveis, distribuídos gratuitamente para os alunos da rede pública de ensino.

No Dia Nacional do Sistema Braille, a FCEE incentiva todos a refletirem sobre a importância de mecanismos que favoreçam o desenvolvimento das pessoas cegas ou com baixa visão.
Foto de mãos digitando em um notebook com a tela borrada.
Estão abertas as inscrições para capacitações a distância promovidas pela Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Direcionadas para professores e profissionais da Educação Especial, os cursos serão ministrados pela plataforma Moodle, e têm prazos variados para inscrição.

Confira abaixo os cursos com inscrições abertas:

Educação Especial no contexto da educação básica: Aspectos teóricos e Metodológicos

Com o propósito de oferecer aprendizado de qualidade e gratuito a profissionais que atuam na rede regular com estudantes que formam o público da Educação Especial, o curso tem início em 28 de abril e ocorrerá no período de dois meses. Desenvolvido em parceria com a Fapeu/UFSC, o curso é aberto para rede regular de ensino do Estado, municipal e rede privada de ensino, com os seguintes públicos-alvo: professores de sala, segundo professores, professor auxiliar, coordenador e supervisor pedagógico e direção.

O prazo de inscrição vai até 18 de abril.

Para realizar a inscrição acesse fcee-sc.net.br

Atuação na prática e construção de Recursos Pedagógicos

Organizado pela Gerência de Pesquisa e Conhecimentos Aplicados - GEPCA, o curso tem como objetivo instigar o protagonismo do educador diante da necessidade de planejar, elaborar e executar recursos pedagógicos direcionados ao desenvolvimento das habilidades necessárias para a participação nas atividades e para a vida do estudante. O público-alvo são professores e profissionais dos Centros de Atendimento Educacional Especializados em Educação Especial (CAESP), envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento ao educando. A capacitação acontece de 03 de maio a 01 de junho.

Para realizar a inscrição entre em contato pelo e-mail fcee.ead@gmail.com 

O prazo final das inscrições é 28 de abril às 18h.

Elaboração, confecção e aplicação de materiais didáticos em relevo

Prevendo capacitar professores para confecção e utilização de material adaptado em relevo como recurso didático, o curso organizado pela Gerência de Capacitação, Articulação e Extensão (GECAE) acontece de 03 de maio a 14 de junho. Professores de AEE e do ensino regular da rede estadual, municipal, particular, além de professores de instituições especializadas em deficiência visual são o público-alvo da qualificação.

Para realizar a inscrição entre em contato pelo e-mail fcee.ead@gmail.com
O prazo final das inscrições é 28 de abril às 18h.
Oito pessoas posam para foto. Duas pessoas com deficiência física, usuárias de cadeiras de rodas, e todos usando camisetas brancas com a logo da Fundação Catarinense de Educação Especial
Após dois anos de pausa em função da pandemia, o Circuito Catarinense de Bocha Paralímpica teve sua primeira etapa realizada na última semana, em Itajaí. A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) participou da comissão técnica e com uma equipe de atletas. E já conquistou medalhas.

Na bocha paralímpica, os atletas são divididos em classes funcionais. Na classe BC1, a atleta Beatriz Chagas e sua assistente desportiva, Francielli Rezende, garantiram medalha de ouro, enquanto a atleta Julia Pereira Marcelino da classe BC3 e sua operadora de rampa, Maria Pereira Marcelino, conquistaram a medalha de prata. O atleta Cleverson Machado da classe BC4 ficou entre os cinco primeiros colocados na competição.

A técnica da equipe, Fabíola Spader, comenta que os próximos desafios do grupo são os Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), realizados no mês de maio e a Seletiva Sul (Ande) em junho. Para ela, é importante seguir com determinação e foco nos treinos e continuar se preparando para os próximos eventos.

A equipe de Bocha Paralímpica da FCEE possui um histórico de conquistas. No ano de 2021, garantiu o troféu de segundo lugar geral da modalidade na 16ª edição do Parajasc.
Foto de um auditório com várias mesas redondas e pessoas sentadas no entorno. O público assiste a uma aula. A professora aparece no fundo da imagem, em pé, ao lado do telão de slides.
O Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS) da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) promoveu esta semana o curso presencial “Atendimento Educacional Especializado na área das Altas Habilidades/Superdotação: Conceitos Básicos, Estrutura e Funcionamento”. A capacitação foi realizada nos dias 5 e 6 de abril no Hotel Golden, em São José, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SED).

“O objetivo principal foi capacitar professores e formar agentes multiplicadores de conhecimento sobre Atendimento Educacional Especializado de Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD)”, explica Andreia Roselia Alves Panchiniak, coordenadora do NAAHS/FCEE. Com aulas ministradas pela equipe do NAAHS, o curso contou com a presença de mais de 100 professores de todos os 27 polos de Atendimento Educacional Especializado (AEE) de AH/SD em seus dois dias de realização.

Para Dayani Machiavelli, assistente técnico-pedagógica do polo Dionísio Cerqueira, a realização de eventos como esse é crucial pela possibilidade de tirar dúvidas e ampliar o conhecimento sobre a temática, permitindo a continuidade com qualidade do trabalho de orientação e identificação de estudantes com AH/SD.

A dificuldade na identificação de alunos com AH/SD nas escolas é apontada pela professora assessora do polo Rio do Sul, Franciane Padilha. Para ela, iniciativas como a capacitação do NAAHS servem para dar base e incentivar a troca com outros membros da comunidade de atendimento educacional especializado. “Os profissionais retornam renovados para os polos com novas ideias, com dúvidas tiradas e parcerias formadas”, avalia.

“A constante necessidade de aprimoramento dos profissionais dos polos de AEE de AH/SD torna cursos como esses, essenciais, pois os especialistas são referência para professores de variadas áreas do conhecimento, equipes gestoras, pais e suas comunidades”, reforça a coordenadora de Educação Especial da SED, Tania Fiorini.

No estado de Santa Catarina, os alunos em idade escolar com indicativos de Altas Habilidades/Superdotação têm direito a atendimento educacional especializado buscando minimizar as diferenças de estilo e ritmo de aprendizagem. Desde 2014 a FCEE realiza o trabalho pioneiro de descentralização do atendimento nesta área da educação especial com a implantação de 27 polos de Atendimento Educacional Especializado em Altas Habilidades/Superdotação na rede estadual de ensino.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno ligado ao neurodesenvolvimento, caracterizado por alterações na comunicação social e no comportamento. Pessoas neurodiversas veem e sentem o mundo de uma forma diferente do que pessoas neurotípicas, mas isso não quer dizer que sejam menos capazes. Elas só precisam de outras formas de estímulo para interagirem e aprenderem, com o apoio de uma equipe multidisciplinar, incluindo a família.

Neste Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo – comemorado em 2 de abril – a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) destaca a importância da intervenção precoce para o desenvolvimento da pessoa com TEA e a melhora da qualidade de vida das famílias. “A intervenção precoce como um dos serviços mais importantes no TEA. O diagnóstico precisa ser feito o quanto antes e as políticas públicas precisam se voltar para o serviço de intervenção precoce porque ele muda a vida desse sujeito, muda a vida dos seus familiares e muda toda a sociedade”, enfatiza a pedagoga Mariele Finatto, coordenadora do Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (CETEA) da FCEE.

Esse serviço é oferecido para crianças de 0 a 6 anos, e é considerado padrão ouro pela Sociedade Brasileira de Pediatria. “Quando a intervenção precoce é feita de maneira intensiva, quando é feita com base em práticas baseada em evidências, quando é composta por equipe multidisciplinar, ela causa nas pessoas com autismo uma diminuição das características do transtorno. Isso visa, nestas pessoas, um melhor prognóstico”, destaca Mariele.

Mariele é uma das organizadoras das Diretrizes dos Centros de Atendimento Educacional Especializado do Estado de Santa Catarina: Transtorno do Espectro Autista - publicação inédita lançada pela FCEE esta semana. “Este é um caderno que as instituições parceiras precisam ter como base de intervenção. A gente tem ali as práticas que precisam ser utilizadas, as melhores estratégias que a ciência traz para intervenção, tendo sempre como foco esse propósito que é melhorar a qualidade de vida dos educandos e de suas famílias”, explica. A publicação está disponível para download na seção Publicações do site da FCEE e também no Portal do Autismo de Santa Catarina – outra iniciativa inédita lançada esta semana pela FCEE.

Treinamento de Pais
No CETEA/FCEE, o serviço de intervenção precoce tem duas grandes frentes: a intervenção com a criança, que é atendida em grupos de até 4 educandos, duas vezes por semana; e, em paralelo, o Treinamento de Pais. “Dentro da nossa proposta, enquanto instituição, esses pais precisam ser instrumentalizados. Enquanto as crianças estão em atendimento, esses pais estão com outros profissionais discutindo sobre os desafios que enfrentam com seus filhos, recebendo programas de intervenção para realizar em casa”, detalha Mariele.

Segundo ela, a família é acolhida e o treinamento possibilita a continuidade do trabalho realizado com a criança. “E dá a elas a possibilidade de que o que a gente trabalha aqui dentro seja reflexo lá fora, para que esses comportamentos sejam generalizados e para que a qualidade de vida dessas famílias também seja modificada. Esse é um dos nossos maiores objetivos – melhorar a qualidade de vida de todos – da realidade desse sujeito e também desses desafios que as famílias enfrentam”, pontua a pedagoga.

A família é tratada como coterapeuta nesse processo. “Ela tem que participar, tem que estar envolvida, tem que ser acolhida, tem que ser instrumentalizada. E quando vemos esse trabalho sendo articulado a partir do treinamento de pais, a gente vê um avanço muito maior nas nossas crianças”, afirma.
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